Cadê os alunos?

Em debate esvaziado, reitora defende universidade pública e gratuita

Diante de muitas poltronas vazias, Valéria debateu com a UNE

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A reitora Valéria Correia durante o debate. (Fotos: Ascom/Ufal)A reitora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Valéria Correia, participou de debate promovido pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e por Centros Acadêmicos, durante o qual defendeu o ensino público e gratuito. O tema “A crise no Ensino Superior Federal” nem a presença da presidente da UNE, Mariana Dias, conseguiram atrair os estudantes: apenas 21 pessoas ocuparam as poltronas disponíveis nono auditório da Biblioteca Central.

A reitora se referiu a uma nota pública da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino (Andifes), destacando que a crise nas universidades não é fruto da má gestão dos reitores. “Também não concordamos com as propostas de cobranças nas universidades, como chegou a afirmar a secretária-executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, que publicamente defendeu o fim da gratuidade”, disse ela.

Valéria Correia destacou a necessidade de os estudantes participarem da discussão para ter elementos de defesa da universalidade e gratuidade do Ensino Superior. “Os meios de comunicação contribuem para difundir que uma elite de estudantes, que poderia pagar as mensalidades, é que se beneficia do ensino superior público, mas isso não é verdade. O perfil das nossas universidades é outro. Sessenta e seis por cento dos estudantes das universidades federais brasileiras são oriundos de famílias com renda per capita de até 1,5 salário mínimo”, destacou a reitora.

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