Nossas crianças

Mais de 152 mil elegem em paz os conselheiros tutelares no DF, mas no Rio houve confusão

Eleição foi tranquila no DF, inclusive com apuração agilizada pelo uso de urnas eletrônicas

acessibilidade:

A eleição dos conselheiros tutelares no Distrito Federal atraiu este ano mais de 152  mil eleitores, número maior que os 130 mil das eleições anteriores, segundo o secretário de Justiça e Cidadania do governo do DF, Gustavo Rocha. “Pela primeira vez a eleição não deu problema”, disse ele.

O governo de Brasília mobilizou seis mil servidores em 150 postos de votação e, graças à utilização de urnas eletrônicas, já às 21h os resultados finais eram conhecidos. Outro fator celebrado no governo do DF foi sua vitória diante de mais de cem ações judiciais.

Já no Rio de Janeiro, mais de 300 denúncias de irregularidades na eleição dos conselheiros tutelares foram encaminhadas ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). Candidatos foram acusados de compra de votos e até ameaças, numa “guerra eleitoral” que envolve milicianos, traficantes, católicos e evangélicos. E a eventual comprovação das denúncias pode causar a anulação de resultados da votação.

A intranquilidade no pleito foi admitida pelo coordenador da Comissão Eleitoral do (CMDCA), Carlos Roberto Laudelino. Ao afirmar que o pleito ocorreu em uma “cidade sitiada”, Laudelino disse que a comissão se esforça para que a eleição não seja impugnada.

“Nós estamos tendo uma eleição atípica. Existe uma guerra entre milicianos, traficantes, católicos e evangélicos. Isso é uma certeza. Estamos em uma cidade sitiada. E nós estamos tentando evitar que a eleição seja impugnada”, disse Laudelino.

Entre as denúncias recebidas está a de que candidatos realizaram churrasco em troca de votos, festa open bar, boca de urna e intimidação. “Eu tenho mais 300 denúncias com foto. Nesse momento vamos notificar os candidatos. Eles vão ter 48 horas para responderem e montarem sua defesa. Muitos candidatos vão ser impugnados”, disse.

Reportar Erro