Metade dos que aprovam regulamentação das redes sociais rejeitam limitar liberdade de expressão
Dos 60% favoráveis à regulação, relatam que só são favoráveis se a regulação não limitar a liberdade de expressão das pessoas no ambiente digital

Levantamento realizado pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados revela que 60% da população brasileira é favorável à regulamentação das redes sociais, enquanto 29% são contrários e 12% não se manifestaram a respeito.
Dos 60% favoráveis à regulação, exatamente a metade (50%, ou seja, o equivalente a 30% da população total) só é favorável a regulação desde que não possa limitar a liberdade de expressão.
Ainda na pesquisa, 78% dos brasileiros acham que as plataformas de redes sociais deveriam ter mais responsabilidade por suas atividades e de seus usuários.
Outros 64% acreditam que a regulação é uma importante forma de combater a difusão da desinformação e 61% tem a mesma opinião em relação a discursos de ódio.
Em relação a checagem de fatos, 73% acham importante para as plataformas. Já 65% apoiam a análise de conteúdo feita pelos próprios usuários.
Embora o Brasil não possua uma legislação específica para regular as redes sociais de maneira abrangente, algumas medidas e propostas têm sido discutidas. Em 2020, o Congresso Nacional debateu um Projeto de Lei das Fake News, com o objetivo de combater a disseminação de notícias falsas e desinformação nas redes sociais. No entanto, o projeto enfrentou críticas sobre seus possíveis impactos na liberdade de expressão e na privacidade dos usuários, permanecendo em discussão até o momento.
A Nexus entrevistou, face a face, 2.000 cidadãos com idade a partir de 16 anos, nas 27 Unidades da Federação, entre 10 e 15 de janeiro. A margem de erro no total da amostra é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.