Suspeita de estelionato

Nego Di é preso por golpe de mais de R$ 5 milhões a clientes

Influencer é dono de empresa que vendia produtos, mas não entregava aos destinatários, em 2022.

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Nego Di foi preso após operação MP. (Foto: Divulgação/Polícia Civil do RS)

O influenciador e humorista Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, foi preso pela Polícia Civil (PF) neste domingo (14) na praia de Jurerê, em Florianópolis, Santa Catarina. Na última sexta-feira (12), ele acabou sendo alvo de uma operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul por suspeita de lavagem de dinheiro.

Nego Di passou por uma audiência de custódia e será transferido para o Rio Grande do Sul neste domingo, segundo a Polícia Civil Gaúcha.

Em nota divulgada, os advogados do ex-BBB afirmaram que “a defesa está tomando todas as medidas legais cabíveis”, e destacaram a importância do princípio constitucional da presunção de inocência, “que assegura a todo cidadão o direito de ser considerado inocente até que prova em contrário”. 

A prisão do influenciador ocorreu pela manhã no bairro Jurerê Internacional, área nobre da capital catarinense. Gabriela Sousa, esposa de Nego Di, chegou a ser presa na sexta-feira (12) durante operação do MP com arma de uso restrito das Forças Armadas, sem registro, mas retornou a liberdade após pagar R$14 mil de fiança.

A justiça do Rio Grande do Sul decretou a prisão de Nego Di pelo crime de estelionato. Ele é suspeito de lesar no mínimo 370 pessoas com a venda de produtos em uma loja virtual da qual é proprietário. Segundo relatos dos clientes, os produtos nunca foram entregues.

A movimentação financeira em contas bancárias ligadas a Nego Di na época, em 2022, ultrapassam 5 milhões.

As autoridades policiais estimam que o prejuízo dos 370 clientes lesados seja superior a R$ 330 mil, mas como as movimentações bancárias são milionárias, a suspeita é de que o número de vítimas do esquema possa ser ainda maior, só que essas pessoas não procuraram a polícia para representar criminalmente contra o influencer.

Sócio está foragido 

Anderson Bonetti, o sócio de Nego Di, também é suspeito de estelionato, e está foragido com mandado de prisão preventiva expedido.

Bonetti foi preso ano passado na Paraíba em 25 de fevereiro de 2023, mas foi solto dias depois.

Investigação 

A loja virtual, “Tadizuera”, operou entre 18 de março e 26 de julho de 2022, mas foi retirada do ar após determinação da justiça. Nego Di divulgava em suas redes sociais os produtos à venda, como aparelhos de ar-condicionado e televisores, muitos deles com preços inferiores ao do mercado – uma televisão de 65 polegadas, por exemplo, era vendida a R$ 2,1 mil.

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