Moraes aceita pedido e transfere Ronnie Lessa para Tremembé
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) também retirou sigilo de parte da sua delação premiada

Alexandre de Moraes aceitou o pedido de transferência de Ronnie Lessa para o presídio de Tremembé, em São Paulo, e retirou o sigilo de parte da delação do ex- policial militar. O pedido de transferência veio da defesa de Ronnie Lessa, que argumentou que o mesmo ficaria mais próximo da família.
“[Determino] a transferência do colaborador Ronnie ao Complexo Penitenciário de Tremembé,/SP, observadas as regras de segurança do estabelecimento prisional, mediante monitoramento das comunicações verbais ou escritas do preso com qualquer pessoa estranha à unidade penitenciária, inclusive com monitoramento de visitas, enquanto não encerrada a instrução processual em curso”, diz trecho da decisão.
Moraes, além de aceitar o pedido de transferência, retirou o sigilo de alguns documentos que faziam parte da delação premiada. Os anexos 1 e 2, que Alexandre de Moraes retirou o sigilo, falam da cadeia do comando e da execução do crime. Ao todo a delação tem 7 anexos.
O complexo penitenciário de Tremembé é o mesmo que também estão outras figuras conhecidas como, o ex jogador de futebol Robinho e Cristian Cravinhos, um dos irmãos cravinhos preso pelo assassinato do casal Richthofen.
Lessa está preso desde março de 2019 por participação no assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. Ronnie confessou ser o assassino em delação premiada. No momento, ele está preso na penitenciária Federal de Campo Grande, localizada no Mato Grosso do Sul.
Em sua delação, Lessa indica Domingos Brazão, ex-conselheiro do tribunal de contas do Rio de Janeiro, e seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão, como os mandantes do crime.
Os irmãos teriam oferecido a ele e seu comparsa, o ex-PM Edimilson de Oliveira, um loteamento clandestino na zona oeste do Rio de Janeiro, área conhecida como “Medelin da milícia”, avaliado em milhões de reais.