Paulo Pimenta assume ministério extraordinário com especulações de vitrine eleitoral
O temor e as especulações é que Pimenta transforme as ações no Rio Grande do Sul em vitrine eleitoral para candidatura futura
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou nesta quarta-feira (15), em São Leopoldo (RS), o novo cargo do ministro Paulo Pimenta, que deixa a liderança da Secretária de Comunicação da Presidência e passa a ser o ministro extraordinário que atuará na articulação para a reconstrução do Rio Grande do Sul. A tragédia climática já deixou 149 mortos. Dos 497 municípios do Estado, 446 foram afetados.
“O que foi anunciado hoje aqui é o mais importante plano de apoio a uma situação de catástrofe da história desse país. […] Aceito essa missão pela qual fui designado pelo presidente e podem ter certeza que vou me dedicar da melhor maneira possível. Não podemos falhar em nenhuma hipótese”, disse Pimenta, após o anúncio oficial feito por Lula.
Pimenta é gaúcho de Santa Maria e deputado federal eleito pelo RS. A oficialização da troca de pastas foi dada durante a visita do presidente ao Estado. A ideia de criar mais um ministério é que o representante presidencial atue de forma permanente no Estado enquanto durar a calamidade pública, coordenando uma estrutura administrativa das ações federais na região.
“O trabalho que nós temos pela frente é um desafio enorme para cada um, cada uma de nós. Desde o primeiro momento temos trabalhado, quero aqui publicamente dizer isso, em absoluta sintonia e parceria com o governo do estado”, afirmou Pimenta após assinar o termo de posse.
Com a saída de Pimenta, a Secretária de Comunicação (Secom) da Presidência o cargo será assumido de forma interina pelo jornalista Laércio Portela. Pimenta deixa a Secom com o “ar” de serviço inacabado, visto que a Secom não conseguiu passar a comunicação correta para a população.
Ações futuras
A escolha de Lula pelo nome de Paulo Pimenta foi bastante criticada nos bastidores. A preocupação é que a nomeação termine de vez por polarizar e politizar a tragédia do Rio Grande do Sul em um momento que o país clama por união e reconstrução, como o lema do governo federal.
O temor e as especulações é que Pimenta transforme as ações no Estado em vitrine eleitoral, já que pensa em se candidatar para governador do Estado gaúcho.