CPMI 8 de Janeiro

Marcos Rogério acusa coronel de mentir durante a CPMI

"Mais inteligente seria ter usado o direito de ficar em silêncio", criticou Marcos Rogério.

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Deputados da base do governo também acusaram o coronel por mentiras. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O senador Marcos Rogério (PL-RO), que está no lugar do senador Marcos do Val (Podemos-ES) após apresentar atestado médico, disse que o coronel do Exercito Jean Lawand mentiu durante o depoimento da CPMI que está apurando os atos de vandalismo em 8 de janeiro na capital federal.

“Eu não sei quem lhe orientou, mas, de verdade, o senhor não convence ninguém. O senhor apequena sua história, atrofia o sucesso de sua carreira e tenta impor uma narrativa que não para de pé ao menor esforço”, afirmou o senador.

“Mais inteligente seria ter usado o direito de ficar em silêncio”, criticou Marcos Rogério. “Talvez seria o caso de vir aqui e dizer assim, ‘eu cometi erros, acreditei em algo, extravasei minha opinião e isso não foi legal'”.

Deputados da base do governo também acusaram o coronel por mentiras. Os deputados Rogério Correia (PT-MG) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) foram os que pediram uma prisão em flagrante para Jeam por quebrar juramento de dizer a verdade.

Mas o presidente da comissão, o deputado federal Arthur Maia (União-BA), rejeitou o flagrante.  Maia afirmou que o coronel não é obrigado a produzir provas contra si mesmo, e não pode julgar se ele está falando a verdade ou não.

Já Jean nega ter falado sobre os atos do 8 de janeiro. “Afirmo aos senhores que em nenhum momento falei sobre golpe, atentei contra a democracia brasileira ou quis quebrar, destituir, agredir qualquer uma das instituições”, disse após a divulgação das mensagens encaminhadas a Mauro Cid, onde pedia que convencesse o ex presidente Jair Bolsonaro (PL) para a realização de um golpe.

O coronel afirmou que as intenções das mensagens era que o ex presidente pedisse aos manifestantes voltarem para suas casas e desmentiu ainda sobre as intenções golpistas contidas nas mensagens encaminhadas.

“Uma palavra do Bolsonaro, uma manifestação dele faria com que aquelas pessoas nas ruas retornassem aos seus lares e retornassem às suas vidas”, contou. “Mas não acredito que ele tenha qualquer responsabilidade com o que aconteceu”.

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