Peregrinação pela Corte

Dino visita o Senado para ‘rever amigos’ e cabalar 41 votos ao STF

Em busca de apoio no Senado, Flávio Dino, o indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF),  tem visitado com bastante frequência os senadores

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Sob comando de Dino, verba para controle ambiental do Ministério da Justiça registrou acentuada queda (Foto:Reprodução/Redes sociais).

Em busca de apoio no Senado, Flávio Dino, o até então ministro da Justiça e Segurança Pública e indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF),  tem visitado com bastante frequência os senadores. O indicado para o STF, precisa no mínimo de 41 votos do Plenário para ser aprovado. 

Nesse sentido, o ministro tem ressaltado que, ao longo de sua carreira jurídica e no exercício dos cargos políticos, fez muitos amigos e amigas dentro do Senado. Assim, seu contato com os senadores pode ser visto como “a visita de um amigo”.

Dino relatou que tem conversado com os parlamentares sobre a sabatina na CCJ, a primeira etapa do processo, seguida de votação naquele colegiado, e o exame de seu nome no Plenário. Essa peregrinação, descreveu, ocorre em clima de “muita tranquilidade e muita serenidade”, com a apresentação de dados objetivos de sua carreira jurídica. 

Ao falar de sua relação próxima com o mundo político, até pelos cargos que já ocupou, ele defendeu o ponto de vista de que as divergências políticas não podem comprometer o bom andamento do país. E ponderou que o STF, como guardião das leis, também deve ser um lugar para promover a união:

“Estar no Senado é uma alegria, é uma honra e é estar em casa. O STF deve ser um vetor de harmonia em nosso país”, ressaltou. 

Mesmo com todo esse trabalho de “fortalecer amizades”, a aprovação de Dino é quase certa. Para o senador e relator  Weverton Rocha (PDT-MA), Dino receberá mais de 50 votos no Plenário. Segundo o relator, o indicado tem uma “vida vitoriosa” e um “esplêndido saber jurídico”.

O relator ainda afirma que Flávio Dino tem igualmente muito apoio no mundo do direito e no STF.  E ressalta que a experiência do ministro de ter passado pelos Três Poderes é o maior diferencial. “Com a experiência que ele tem no Executivo, no Legislativo e no Judiciário, tenho certeza de que será um grande ministro da Suprema Corte”.

Além do relator, o líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou estar convicto da aprovação do nome de Flávio Dino e disse que também espera mais de 50 votos favoráveis ao indicado. 

Contra Flávio Dino

A indicação de Dino também tem sido motivo de críticas entre senadores. Em discurso no Plenário nesta quarta-feira (6), Magno Malta (PL-ES) afirmou que não receberá Dino em seu gabinete, e ressaltou que não acredita que o atual ministro da Justiça “mude de postura” ao assumir o cargo de ministro do STF. Por isso, ressaltou Malta, espera que o Senado rejeite a indicação.

Na semana passada, Luis Carlos Heinze (PP-RS) declarou-se contrário à indicação de Dino. O senador questionou a atuação do ministro da Justiça durante os ataques contra as sedes dos Poderes no dia 8 de janeiro e os ministros do STF, por suposta atuação política. Os senadores Eduardo Girão (Novo-CE), Cleitinho (PL-MG) e Izalci Lucas (PSDB-DF) criticaram do mesmo modo a indicação de Flávio Dino.

 

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