Além de Bolsonaro, PF intima Valdemar e mais 9 sobre suposta tentativa de golpe
A Polícia Federal (PF) intimou nesta segunda-feira (19), além do ex-presidente Jair Bolsonaro, outros 9 nomes para depor na sede da corporação, em Brasília
![](https://uploads.diariodopoder.com.br/2024/01/a5c53326-valdemar-costa-neto-elogiou-resiliencia-incrivel-do-ex-presidente-jair-bolsonaro-foto-reproducao-x-@costanetopl-960x640.jpg)
A Polícia Federal (PF) intimou nesta segunda-feira (19), além do ex-presidente Jair Bolsonaro, outros 9 nomes para depor na sede da corporação, em Brasília, sobre envolvimento em suposto plano de golpe de Estado. O caso é investigado no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que apura se um núcleo de autoridades políticas ligado ao ex-chefe do Executivo estruturou um esquema para vencer ilegalmente as eleições presidenciais de 2022.
Segundo informações divulgadas pelo Jornal O Globo, a PF também requisitou informações de: Valdemar Costa Neto, presidente do PL (Partido Liberal); Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; Mário Fernandes, ex-chefe substituto da Secretaria-Geral da Presidência da República; Walter Braga Netto, ex-ministro-chefe da Casa Civil; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro; e Tercio Arnauld, ex-assessor de Jair Bolsonaro.
A operação foi deflagrada em 8 de fevereiro para investigar as falas de uma reunião de 5 de julho de 2022. O vídeo do encontro constava em computador apreendido do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente- coronel Mauro Cid.
Nas imagens, o ex-presidente e diferentes ex-ministros da gestão supostamente atacam o sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e conspiram sobre possíveis estratégias para questionar o resultado das urnas eletrônicas, incluindo a participação das Forças Armadas.
Bolsonaro também foi intimado para falar sobre a reunião nesta segunda-feira (19). O depoimento foi agendado para quinta-feira (22) na sede da PF, em Brasília, às 14h30 (horário local). A defesa de Bolsonaro antecipou, no entanto, que o investigado ficará em silêncio durante as perguntas feitas pela corporação.
“Ante o exposto, informa-se que o peticionário [Jair Bolsonaro] opta por não prestar depoimento ou fornecer declarações adicionais até que seja garantido o acesso à integralidade das mídias dos aparelhos celulares apreendidos, sem abrir mão, por óbvio, de ser ouvido em momento posterior e oportuno”, disse a defesa.