Executivos investigados

Google pede que STF arquive inquérito sobre ‘Projeto da Censura’

Advogados da empresa afirmam que não há crime nas condutas dos executivos investigados

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A defesa também rebateu as acusações de que as ações da empresa poderiam ser enquadradas em crime contra as instituições democráticas. Foto: Pixabay.

Advogados do Google solicitaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento do inquérito que investiga executivos da empresa por suposta participação em campanha “abusiva contra o projeto de Lei das Fake News”.

O pedido ocorreu nesta quarta-feira (5).

O inquérito foi iniciado em maio, após o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR) com uma notícia-crime alegando que as duas empresas têm realizado uma ação “contundente e abusiva” contra a aprovação do projeto que foi intitulado de “Projeto da Censura” pela oposição.

A defesa dos executivos da empresa argumenta que não há crime nas condutas.

“Não há quaisquer atos criminosos a serem investigados”, declararam.

No pedido à Corte, os advogados reafirmaram o argumento, alegando que os executivos “jamais incentivaram ou participaram, de qualquer forma, de atos de disseminação de desinformação, discursos de ódio, apologia a crimes ou qualquer tipo de ataques a instituições públicas”.

Além disso, afirmaram que jamais foi realizada uma campanha difamatória contra o referido projeto de lei, já que inclusive a empresa não é contrária à criação de leis destinadas a regulamentar os serviços prestados pelos provedores de aplicações de internet.

A defesa também rebateu as acusações de que as ações da empresa poderiam ser enquadradas em crime contra as instituições democráticas, contra os direitos do consumidor por irregularidades na propaganda e contra a ordem econômica.

Afirmaram ainda que as declarações ao longo da tramitação da proposta “representam mero exercício, livre e democrático, de seu direito à liberdade de expressão, não podendo ser confundido com qualquer tipo de infração penal violenta com intenção antidemocrática”.

Em depoimento à Polícia Federal (PF), no dia 21 de junho os executivos do Google negaram a manipulação de dados.

 

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