Deputados criticam Lula por querer cobrar IR de quem ganha até dois salários mínimos
Na campanha eleitoral o petista prometeu isentar quem ganhasse até cinco salários mínimos do pagamento do imposto
A recente decisão do governo Lula (PT) de não incluir a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025 gerou fortes críticas entre parlamentares.
Durante a campanha nas eleições de 2022, o petista prometeu isentar quem ganhasse até cinco salários mínimos do pagamento do imposto, mas o projeto enviado ao Congresso mantém a faixa de isenção em R$ 2.824 mensais, muito abaixo do prometido.
Isso significa que, em 2025, mesmo quem ganhar até dois salários mínimos será tributado.
A deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP) afirmou que mais uma vez o discurso de Lula fica só da “boca pra fora”.
“Lula prometeu que quem recebesse até cinco salários mínimos estaria isento de pagar imposto de renda, mas, mais uma vez, o discurso não se concretiza. Milhões de brasileiros vão ser penalizados por acreditar em promessas vazias. O governo prefere aumentar a arrecadação às custas de quem mais precisa”, afirmou.
O deputado federal Sargento Gonçalves (PL-RN) classifica o ato como falta de compromisso do governo com a classe trabalhadora.
“É mais uma promessa quebrada por Lula. Ele disse que protegeria os trabalhadores, mas agora, quem ganha até cinco salários mínimos, os mais vulneráveis, serão obrigados a pagar imposto de renda. Um governo que não cumpre o que promete e faz o trabalhador mais humilde pagar a conta não tem legitimidade para falar em justiça social”, ponderou.
O deputado federal Sanderson (PL-RS) criticou a incoerência do discurso de Lula.
“Lula usou a campanha para prometer isenção para quem ganhasse até cinco salários mínimos, mas, agora, ele não só descumpre essa promessa, como também sobrecarrega a classe média. Quem acreditou nesse governo se sente traído. Se ele não consegue nem cumprir suas promessas, imagina gerir o país”, destacou.
O deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE) aponta o impacto para as famílias brasileiras com a decisão.
“Lula usou o discurso de isenção de imposto para atrair votos, mas a realidade é que a classe média e os trabalhadores continuam sendo sacrificados. É um estelionato eleitoral que vai tirar mais dinheiro do bolso de quem já está sofrendo”, criticou.
O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) destacou que o governo opta por aumentar a arrecadação às custas dos mais pobres.
“O presidente mente descaradamente ao prometer uma coisa e fazer outra. Ele afirmou que isentaria até cinco salários mínimos, mas, na prática, está penalizando os trabalhadores que mais precisam. Isso mostra, mais uma vez, que ele não tem compromisso com a verdade nem com o povo brasileiro”, declarou.