Alerta

Sem racionamento, Descoberto deve chegar ao limite mínimo de 21,9% em novembro

Limite chega perto dos 19,9% registrados no início do corte de água

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Adasa alerta: em novembro, Descoberto deve chegar ao limite mínimo de 21,9% (foto: gabriel jabur/agência brasília)

Um dia após o anuncio do fim do racionamento de água no DF pelo governador Rodrigo Rollemberg, a Agência Reguladora das Águas (Adasa) divulgou a curva de referência para acompanhamento do volume útil do reservatório do Descoberto para o período entre maio e dezembro deste ano.

As projeções geram um alerta: em novembro, primeiro mês após o fim da estiagem no DF, o Descoberto deve chegar ao limite mínimo de 21,9% – próximo ao índice de 19,1% que chegou o reservatório no início do corte de água, em janeiro do ano passado. Com a mudança no regime de restrição, a partir de 15 de junho, o nível do reservatório cai em média 7,9% por mês. De acordo com as projeções da Adasa, o Descoberto só voltaria a se recuperar em dezembro.

Na resolução publicada no Diário Oficia do Distrito Federal desta sexta (4), a agência poderá tomar medidas caso os dados observados se afastem da trajetória da curva de referência. De acordo com dados divulgados pela Adasa nesta quinta (3), o nível de água no reservatório do Descoberto é de 91,1%, enquanto o de Santa Maria é de 56,5%.

Durante todos esses meses, a Adasa fará o acompanhamento das previsões climáticas, do nível do reservatório, da vazão capitada pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) e agricultores, e das vazões dos principais afluentes do reservatório do Descoberto.

A resolução desta sexta determina ainda o aumento na vazão média mensal captada pela Caesb a partir do fim do racionamento, além de permitir que agricultores usuários dos principais afluentes do reservatório do Descoberto captem água diariamente.

O presidente da Adasa, Paulo Salles, alerta para que a população continue usando a água de forma responsável. Em janeiro deste ano, os consumidores já haviam reduzido o consumo em cerca de 16%, quando comparado ao mesmo período de 2016 a 2017. A crise hídrica, que afetou os brasilenses por mais de um ano, mudou os hábitos de muitos: redução de consumo e uso consciente do recurso.

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