Operação 12:26

PSB faz pouco caso de operação da PCDF e gera onda de repúdios

A operação investiga a prática dos crimes de tráfico de influência e advocacia administrativa no GDF

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O grupo investigado foi monitorado dentro e na saída do restaurante Gero, do Shopping Iguatemi

“Não se trata de uma investigação séria e consistente”, é assim que a Executiva do Partido Socialista Brasileiro no Distrito Federal (PSB-DF), classificou a Operação 12:26 que investiga a prática dos crimes de tráfico de influência e advocacia administrativa no GDF, deflagrada na última terça-feira (7). O Governo do Distrito Federal (GDF) levou cerca de 12 horas para negar a denúncia.

Por meio de nota, divulgada nesta sexta-feira (10), o partido afirma que o vazamento da operação “que investiga um suposto tráfico de influências no GDF” faz parte de ação com objetivo de impedir a reeleição do governador Rodrigo Rollemberg.

“O Partido Socialista Brasileiro se solidariza com o governador Rollemberg e seu governo, repudia e denuncia a covarde e vil articulação política que envolve parte de integrantes da polícia civil, da imprensa leviana e daqueles políticos que já foram presos e que ainda tentam retornar ao poder. Não conseguirão!”.

Declarações de repúdio

Diversas entidades do Distrito Federal divulgaram notas de repúdio às afirmações do partido. A 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep), do Ministério Público Federal e Territórios (MPDFT), divulgou nota onde repudia a publicação da nota. “As informações não passaram pelo juízo de valor definitivo do Ministério Público e expôs indevidamente pessoas cujas condutas recebem a proteção constitucional da presunção de inocência”.

O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) também se manifestou, e em resposta afirmou que apesar de o governador Rodrigo Rollemberg “nomear para o alto escalão do órgão pessoas de sua estrita confiança não sujeita o conjunto de servidores policiais a agir com omissão, negligência ou prevaricação diante de práticas criminosas”.

A nota também rebate a acusação do PSB de que o vazamento da operação seria “ação política que parte da polícia civil” já que ocorreu nas vésperas do início da campanha política. Sobre isso, o sindicato afirma que as ações sempre aconteceram “inclusive no atual governo”.

O Sindicato dos Delegados de Polícia do Distrito Federal (SINDEPO) e a Associação dos Delegados de Polícia do Distrito Federal ( ADEPOL) também divulgaram nota lamentando as declarações do PSB-DF. “Parecem mais com chulas estratégias de defesa, que buscam desacreditar a prova atacando o investigador, do quê uma declaração que mereça alguma consideração”.

As diretorias do SINDEPO e da ADEPOL finalizam a nota lamentando a postura do partido de Rollemberg onde afirmam ser “surpreendente que a Executiva do Distrito Federal do PARTIDO SOCIALISTA BRASILEIRO – PSB/DF demonstre tamanho menosprezo e desrespeito aos quadros de servidores de uma instituição das mais respeitadas no País.

Leia a íntegra da nota do PSB-DF:

Nota do PSB/DF

  1. O vazamento de parte do inquérito policial que investiga um suposto tráfico de influencia no Governo de Brasília às vésperas do começo da campanha eleitoral é revelador do maquiavelismo e da perversa ação política que parte da polícia civil se envolveu.
  2. Não se trata de uma investigação séria e consistente e sim de um libelo político com o claro objetivo de impedir a reeleição do governador Rodrigo Rollemberg. Não conseguirão!
  3. Juntar três atos de Governo, dos quais dois deles de três anos atrás, sem qualquer relação entre si também revelam o quanto parte da polícia civil – orientada por sindicalistas – faz campanha política contra a reeleição do governador Rollemberg.
  4. Não à toa a operação de busca e apreensão ocorreu exatamente um dia depois da coligação “Mãos limpas” do governador Rollemberg ter lançado o seu slogan de campanha eleitoral.
  5. Do mesmo modo, não é coincidência o vazamento do noticiário ter ocorrido num portal comandado da cadeia por um presidiário que, por sua capacidade financeira acumulada em negócios escusos, ainda se vê como “dono” de políticos.
  6. O Partido Socialista Brasileiro se solidariza com o governador Rollemberg e seu governo, repudia e denuncia a covarde e vil articulação política que envolve parte de integrantes da polícia civil, da imprensa leviana e daqueles políticos que já foram presos e que ainda tentam retornar ao poder. Não conseguirão!

Executiva do PSB-DF

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