Por queda no consumo

Procuradoria-Geral do DF oficializa recurso contra reajuste na conta de água

Se mantido, reajuste de 2,06% se somará com o índice tarifário anual de 0,93%

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Procuradoria-Geral do DF envia à Adasa recurso contra reajuste na conta de água (Foto: Reprodução/Google)

A Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF) oficializou nesta quarta (9) o pedido à Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa-DF) para suspensão da Revisão Tarifária Extraordinária (RTE) de 2,06% sobre a conta de água, reajuste autorizado em 30 abril.

No requerimento, a PGDF afirma que “a Caesb não muniu seu requerimento com informações sobre o aumento de custos relacionados à exploração de serviço, cingindo-se a fazer comparação entre as receitas projetadas e as receitas atuais”.

O documento enviado pelo governo à Adasa aponta ainda para o fato de que, se o reajuste for aplicado, a tarifa da Caesb terá crescimento de 125% entre 2007 e 2017, enquanto a inflação nesse período foi de 90%.

Se a ação do GDF não gerar resultados contra a concessão do reajuste, os 2,06% podem ser somados ainda ao índice tarifário anual de 0,93%. No total, o brasiliense teria um aumento de 2,99% na conta de água.

A justificativa dada pela Adasa para a homologação do reajuste é a de que houve queda no faturamento, por causa na queda do consumo de água dos brasilienses, que há mais de um ano sofrem com a crise hídrica na capital e o corte no abastacimento do recurso por pelo menos uma vez na semana.

O governador Rodrigo Rollemberg se pronunciou contra o reajuste alguns dias após a homologação pela Adasa. “Considero inadequado qualquer aumento agora e inadmissível um aumento com porcentuais acima da inflação”. O chefe do Executivo cobrou ainda que a Caesb adote as providências necessárias para garantir o equilíbrio das contas sem aumento do preço.

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