Procon proíbe funcionamento de quiosques que oferecem “brinde” no aeroporto
Passageiros recebiam oferta de brindes por funcionários, mas eram surpreendidos na fatura do cartão
O Instituto de Defesa do Consumidor do Distrito Federal (Procon-DF) proibiu o funcionamento de quiosques que oferecem “brindes” no Aeroporto de Brasília. Em setembro deste ano, o órgão interditou os quiosque da Editora Três, onde funcionários abordavam passageiros oferecendo revistas e malas.
Até a data da interdição dos quiosques, cerca de 250 reclamações de clientes já haviam sido registradas sobre o esquema praticado por essas empresas. Só no site Reclame Aqui, que expõe a reclamação de consumidores, eram 10 mil queixas. A 10ª Delegacia de Polícia, responsável pela área onde fica o aeroporto, também registrou diversas reclamações.
A decisão vale não só para os quiosques do Aeroporto de Brasília, mas para todos os estabelecimentos no DF que ofereçam serviço semelhante, considerado como um tipo “abusivo de comércio” pelo órgão.
O golpe
Vendedores dos quiosques ofereciam objetos de graça — como malas ou mochilas — ou afirmavam que o passageiro pagaria apenas pelo frete das revistas. Quem aceitasse preenchia uma ficha de cadastro e pagava pelo suposto frete. No entanto, normalmente, o serviço não condizia com o oferecido no quiosque. Ao tentar cancelar, o passageiro é informado que o cancelamento geraria uma multa a ser paga.
As cenas constrangedoras, em que os passageiros eram coagidos pelos funcionários dos quiosques, eram mais frequentes com pessoas da terceira idade e estrangeiros.
À época em que os quiosques foram interditados, a Inframérica — concessionária responsável pelo Aeroporto de Brasília — afirmou que não irá se pronunciar sobre o assunto.