Operação Coertio

Polícia Civil apura suspeita de intimidação contra preso por fraude em bilhetagem

Servidor do governo do DF usou advogado para forçar o detento a ficar calado e não delatar esquema

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DFTrans. Foto: Renato Araújo/Agência Brasília.

A Polícia Civil do Distrito Federal foi às ruas na manhã desta sexta (15) para cumprir cinco mandados de busca e apreensão. A operação batizada de “Coertio” — que significa coagir, em latim — apura uma suspeita de intimidação a um dos presos na Operação Trickster, que investiga o esquema de fraude no sistema de bilhetagem automática do DFTrans.

Segundo as investigações, um assistente administrativo do governo de Brasília usou o advogado para forçar o detento a ficar calado e não delatar o esquema de fraude. Os dois alvos da operação desta quinta e o nome do preso que teria sofrido a intimidação não foram relevados.

Relembre a Trickster

A Operação Trickster, deflagrada em março deste ano, tinha como objetivo investigar um esquema de fraude no sistema de bilhetagem automática do DFTrans. A polícia estima que o grupo tenha desviado R$ 1 bilhão desde 2014.

Entre os envolvidos está o auditor da Secretaria de Mobilidade do DF Pedro Jorge Brasil — preso no ano passado por integrar um grupo criminoso suspeito de liberar coletivos que não tinham condição de circular. Brasil teria criado empresas fantasmas e vinculado ao sistema funcionários falsos, que passavam a receber o vale-transporte.

O ex-diretor-geral do DFTrans Léo Carlos Cruz também foi um dos alvos da operação e chegou a ser exonerado do cargo após a polícia cumprir mandado de busca e apreensão em sua casa. Ao menos 30 pessoas foram presas no âmbito da Operação Trickster.

Os integrantes do grupo criminoso são investigados por quadrilha ou bando; peculato; estelionato majorado; e inserção de dados falsos em sistema de informação.

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