De novo

TJDFT barra mais uma tentativa de suspensão do processo da Drácon

Ré por corrupção passiva no caso, distrital Celina Leão argumentava cerceamento de defesa e irregularidade em provas

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Foto: Silvio Abdon/CLDF.

A Justiça do Distrito Federal barrou mais uma tentativa de suspensão do processo da Drácon. Dessa vez, o pedido foi feito pela deputada distrital Celina Leão (PP), ré por corrupção passiva ao lado de mais quatro distritais.

No argumento da defesa, o advogado de Celina listou 17 pontos contra a continuidade do processo. Entre eles, a necessidade de mais prazo para apresentar a defesa e cerceamento de defesa, por não terem tido acesso a todas as provas usadas no processo.

Além disso, a defesa alegou que as gravações feitas pela também distrital Liliane Roriz (PROS) deveriam ser anuladas “por haver indícios de cometimento de crimes de falso testemunho e fraude processual”. O advogado de Celina Leão pediu para que o chip do celular de Liliane seja entregue para passar por perícia. As gravações entregues por Liliane são umas das principais provas usadas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) no processo contra os cinco distritais.

Não é a primeira vez

Em abril deste ano, o Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) negou a absolvição dos distritais Raimundo Ribeiro (MDB), Júlio Cesar (PRB), Bispo Renato Andrade (PR), Cristiano Araújo (PSD) e Celina Leão. “Não foram trazidos elementos novos que demonstrassem, de forma cabal, a inocência dos acusados, de maneira que não se justifica a absolvição sumária de qualquer dos réus”, decidiu o relator do caso, o desembargador José Divino de Oliveira.

Operação Drácon

Em agosto de 2016, a operação foi deflagrada pelo MPDFT e a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), após a divulgação de áudios feitos pela deputada distrital Liliane Roriz. Os deputados foram acusados de negociar o destino de uma sobra parlamentar no valor de R$ 30 milhões. A denúncia foi aceita pelo TJDFT em março do ano passado. Se os distritais forem condenados, os cinco perdem o mandato eletivo, devem pagar multa e podem pegar até 24 anos de prisão.

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