Ibaneis acredita na idoneidade do processo de compras de insumos no DF

O governador Ibaneis Rocha afirmou acreditar plenamente no processo de compras de insumos e medicamentos para enfrentamento da covid-19 no Distrito Federal. E destacou que desde o início da pandemia, todo esse processo,  é acompanhado de perto pela Controladoria-Geral do Distrito Federal (CGDF).

Afirmação ocorreu na tarde desta quinta-feira (02), após a operação Falso Negativo, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) deflagrada na manhã de hoje, que investiga irregularidades nas compras de insumos no DF e nos estados de Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Bahia e Espírito Santo.

Ibaneis ressaltou que desde o início da crise, acompanha todos os passos dos processos de licitação e que vai esperar a apuração dos fatos. “Estou inclusive reforçando a fiscalização de todos os procedimentos na Secretaria de Saúde”.

Governador disse que ocorreram problemas nas compras dos insumos, que podem justificar a suspeita de superfaturamento. “Principalmente de testes, que em determinado momento chegaram a um preço absurdo e é por isso que eles estão falando em superfaturamento.”

Ibaneis também disse ter convicção que os servidores serão inocentados quando os fatos forem apurados. “Tivemos muitos problemas nas compras. Mas até prova em contrário eu vou estar do lado desses servidores, aguardando as apurações, porque sei que eles terão todo direto a defesa”.

Os servidores não serão exonerados antes do resultado das investigações. O governador diz que “se ao final ficar comprovado qualquer envolvimento deles vou ficar muito triste, principalmente porque gozam de toda confiança da equipe da saúde. Portanto, não vou exonerá-los por enquanto, já que cabe ao judiciário analisar os fatos, aos servidores apresentarem suas defesas e ao Ministério Público, que é o fiscal do patrimônio, acompanhar o processo”.

Ibaneis falou sobre as dificuldades que os Estados estão tendo para comprar insumos durante a pandemia do covid-19. “Para se ter uma ideia, esses medicamentos que agora estão em falta para fazer a intubação das pessoas em estado mais grave, eram encontrados no mercado até bem pouco tempo, mas agora as empresas os recolheram, diminuindo a oferta para fazer que o preço suba durante a pandemia. É preciso que o Ministério da Saúde acompanhe esse fato e faça uma apuração do que aconteceu, senão todos estarão em risco. Os governos estão tentando oferecer o melhor tratamento para a população, mas fatores como este colocam todos em risco”, explicou o governador.