GDF anuncia o fim do racionamento a partir de 15 de junho
Há mais de um ano, brasilienses são afetados pelo corte de água
O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, anunciou nesta quinta (3) o fim do racionamento de água na capital a partir do dia 15 de junho. Desde de janeiro do ano passado, por causa de uma grave crise hídrica, os brasilienses sofrem com o calendário de corte de água em diversas regiões da capital.
O governador atribuiu o fim do corte de água ao “esforço da população nesse 1 ano e 3 meses [de racionamento], e dos agricultores, que mudaram a forma de irrigação, e das obras de captação de água inauguradas pelo governo de Brasília”.
De acordo com dados divulgados pela Agência Reguladora das Águas (ADASA) nesta quarta (2), o nível de água no reservatório do Descoberto é de 90,9%; já no reservatório de Santa Maria, o nível de água chega a 56,4%. Os dois estão acima do valor de referência da agência para maio.
Há mais de um ano, no início do rodízio, a situação era bem diferente: no Descoberto, os índices chegavam a 19,1% da capacidade do reservatório; enquanto o de Santa Maria marcava 41%.
O corte de água por um dia pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) foi provocado, por exemplo, pela escassez de chuvas, desperdício, crescimento urbano desordenado e falta de investimentos. A medida gerou uma mudança de hábito nos brasilienses, que passaram a conviver com a necessidade de redução de consumo e uso consciente do recurso. Em janeiro deste ano, os consumidores já haviam reduzido o consumo em cerca de 16%, quando comparado ao mesmo período de 2016 a 2017.
Entre os esforços do governo de Brasília para reverter a grave crise hídrica estão a entrega da Estação de Tratamento de Água do Lago Norte, da elevatória da Estação de Tratamento de Água Brasília (ETA Brasília) e do Subsistema Produtor de Água do Bananal, além da continuação nas obras do Sistema Corumbá. Mais de 70% das obras da adutora de água tratada do Sistema Produtor Corumbá está pronto.
Aumento na conta de água
Por causa da redução no consumo, a Adasa alegou uma queda no faturamento, o que levou a homologação nesta quarta (2) de um reajuste de 2,9% na tarifa de água e de esgoto. No entanto, Rollemberg determinou que a Procuradoria-Geral do DF entre com recurso contra a determinação da agência. Para o governador, o aumento é “inadequado” e “inadmissível”.