Lava Jato

GDF adere ao acordo de leniência firmado entre o MPF e a Andrade Gutierrez

Adesão permite que a Controladoria-geral do DF tenha acesso a informações relacionadas à Lava Jato

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Estádio Mané Garrincha. Foto: André Borges/Agência Brasília)

O governo do Distrito Federal informou nesta quarta (25) que aderiu ao acordo de leniência firmado entre o Ministério Público Federal (MPF) e a Andrade Gutierrez, empreiteira que fez parte do consórcio para as obras do Estádio Nacional de Brasília, o Mané Garrincha.

A partir de agora, a Controladoria-Geral do Distrito Federal (CGDF) poderá ter acesso a documentos e depoimentos no âmbito da Operação Lava Jato para fundamentação de ações do Poder Executivo do Distrito Federal. O compartilhamento do material com outros órgãos e esferas de poderes é vedado.

As investigações de fraude e desvio de recursos das obras de reforma do Mané Garrincha acontecem no âmbito da Operação Panatenaico, deflagrada pela Polícia Federal em maio do ano passado. O superfaturamento da arena chegou a quase R$ 900 milhões, segundo as investigações. As obras, orçadas em cerca de R$ 696 milhões, custaram, na verdade, R$ 1,575 bilhão depois de 25 termos aditivos – tornando o Mané Garrincha o estádio mais caro da Copa de 2014.

Entre os envolvidos estavam os ex-governadores Arruda e Agnelo e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli, além de dirigentes da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal. Arruda, Agnelo e Filippelli chegaram a ser presos no âmbito da operação e foram alguns dos doze denunciados em maio deste ano pelo Ministério Público Federal (MPF).

Além do Mané Garrincha, são alvos de investigações também no âmbito da Panatenaico as obras do Centro Administrativo do DF, do empreendimento habitacional Jardins Mangueiral e do BRT-Sul.

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