Feminicídio

Distrito Federal tem queda de 3,9% nos casos de violência contra mulheres

Em fevereiro não ocorreu nenhum feminicídio no Distrito Federal

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Em abril o Ligue 180 registrou aumento de 35% no número de denúncias de violência contra a mulher

Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF)  apontam que houve queda de 3,9% nos casos de violência contra as mulheres em comparação ao primeiro bimestre de 2019. Sendo 2.574 ocorrências entre janeiro e fevereiro de 2020 frente a 2.679 casos, em igual período de 2019.

Apesar dos quatro casos de feminicídio registrados em janeiro, em fevereiro não ocorreu nenhum crime dessa natureza.

Mas infelizmente, março já chega com o primeiro caso, a vítima uma mulher de 33 anos,  teve o corpo jogado em um matagal  nessa terça-feira (3) no Recanto das Emas, cidade satélite de Brasília. A Polícia Civil investiga o caso, o namorado da vítima é o principal suspeito.

Esse enredo é comum e se repete na maioria dos casos, os autores dos crimes em sua maioria, são pessoas de confiança das vítimas. E o amor doentio, é a principal causa dos assassinatos.

O ano 2019 foi a base do levantamento, no período de janeiro a dezembro foram 33 crimes no Distrito Federal.

Uma pesquisa realizada pela Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídio e Feminicídio (CTMHF) do Governo do Distrito Federal mostra que a cena dos crimes mais comum é a residência das vítimas, em 70% dos assassinatos ocorreram dentro de casa, em um contexto de violência familiar. E o motivo? O  ciúme é a causa principal das mortes.

A maioria dos assassinatos, 36% ocorreu no período da noite, entre às 18h e às 23h59m, momento em que as vítimas estavam recolhidas e com a falsa sensação de segurança. As vítimas na maioria eram da faixa etária de 30 a 49 anos e seus assassinos também tinham a mesma idade.

Em busca de uma solução para a violência e os assassinatos contra as mulheres, o GDF busca trabalhar com a conscientização da população, para quebrar o paradigma de que em relacionamento de marido e mulher “ninguém mete a colher”. Um pensamento arcaico de que torna normal a violência contra o sexo feminino.

Com esse intuito foi lançada a campanha de prevenção contra o feminicídio, “Meta a Colher”, para que as pessoas tenham a consciência de que elas podem e devem salvar uma vida.

O secretário de Segurança, delegado Anderson Torres ressalta que como os assassinos atuam dentro de casa, “nem sempre há como a Segurança Pública atuar, sem que haja denúncia, sem que as pessoas “metam a colher”.

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