Inadimplência

Cresce o número de endividados em Brasília no mês de março, mostra Fecomércio-DF

Segundo a pesquisa, 89,7% das famílias do DF estão endividadas com o cartão de crédito

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A região com mais empresas endividadas é São Paulo, seguido de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul (Foto: EBC)

O endividamento das famílias cresceu no Distrito Federal. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Fecomércio-DF, o número de famílias endividadas na capital passou de 775.773 em fevereiro para 785.831 em março deste ano, um amento de 10.058 famílias. Isso significa que 80,3% dos brasilienses estão com algum tipo de dívida. Na comparação anual, também houve alta: em março do ano passado o percentual de endividados era de 78,6%.

O presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, explica que a incidência dos gastos extras de início de ano ainda ocasiona uma demanda maior por empréstimos e o uso do crédito, o maior gerador de dívidas dos brasilienses. “O mercado de trabalho desaquecido, aliado ao pagamento de tributos, afeta diretamente o orçamento das famílias que acabam recorrendo ao crédito, um dos meios de pagamentos mais utilizados e que mais geram dívidas na capital do País e em todo o Brasil”, informa Maia. Segundo a pesquisa, 89,7% das famílias do DF estão endividadas com o cartão de crédito.

Ainda de acordo com o estudo, 39,8% dos entrevistados afirmaram ter condições de pagar a dívida totalmente e 57,2 parcialmente. Em relação ao tempo de comprometimento com dívidas, 26,3% disseram até 3 meses; 14,9% entre 3 e 6 meses; 10% entre 6 meses e 1 ano e 48,3% por mais de 1 ano.

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) orienta os empresários do comércio de bens, serviços e turismo que utilizam o crédito como ferramenta estratégica, uma vez que permite o acompanhamento do perfil de endividamento das famílias, com informações sobre o nível de comprometimento da renda do consumidor com dívidas, contas e dívidas em atraso, e sua percepção em relação à capacidade de pagamento.

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