Bagunça oficial

Manifestantes invadem e bloqueiam por três dias área central de Brasília

PM foi proibida de agir e até de multar, no bloqueio ilegal de ruas

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Eles bloquearam ruas com barracas e invadiram área pública na L-2 Sul, e com presença cúmplice de órgãos oficiais.

Durante três dias, um acampamento ficou montado em plena zona central do Plano Piloto, no início da via L-2 Sul, a poucos metros da Esplanada dos Ministérios e das embaixadas mais importantes, como a dos Estados Unidos e Rússia, sem que as autoridades do governo do Distrito Federal adotassem qualquer providência para impedi-lo.

Ficou ainda mais claro o envolvimento oficial quando policiais militares revelaram a cidadãos inconformados com a baderna que eles estavam proibidos de notificar os veículos dos manifestantes, estacionados de qualquer maneira nas ruas do Setor de Autarquias Sus (SAS) e no Setor Bancário Sul. Eles armaram barracas de “convivência” no leito da rua, impedindo o acesso de veículos e de centenas de pessoas que trabalham nos prédios comerciais da região.

“Se ocorrer um incêndio em qualquer desses prédios”, preocupou-se um porteiro, “os carros do Corpo de Bombeiros não poderão chegar ao local”. Entre as barracas armadas acintosamente no meio da rua, bloqueando o trânsito, havia até uma com placa indicativa dos seus ocupantes: “Defesa Civil”. Vendedores ambulantes foram os únicos que não reclamaram.

Depois, ainda tocaram o terror no Ministério das Cidades.

Esse grupo de centenas de manifestantes, que na segunda-feira (4) já havia provocado o caos na região central sob o auspícios e com autorização do governo, nesta quinta-feira invadiu o Ministério das Cidades, ameaçando vandalizar suas instalações para obrigar o ministro a recebê-lo. Depois, os manifestantes desmontaram o acampamento e, à noite, só havia rastros da presença deles no local, com muita sujeira.

O  Diário do Poder questionou o Governo do Distrito Federal (GDF), mas os assessores responsáveis pelo contato com a imprensa nem sequer tinham conhecimento da invasão na L-2 Sul e nem muito menos nas rusas do SAS e do SBS. A Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis), que tem a responsabilidade de atuar para impedir esse tipo de ação, podendo inclusive requisitar o auxílio da Polícia Militar, informou, três dias depois da invasão e emporcalhaento da região central da capital do Brasil, que de nada sabia e prometeu ir ao local para verificar.

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