Derrubadas em condomínios

Distritais vão trancar pauta até que Rollemberg retome diálogo com moradores

As ações de derrubadas foram duramente criticadas em consenso

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Em audiência pública, realizada na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), um grupo de deputados distritais anunciou que vai trancar a pauta de votações na Casa, até que o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) retome o diálogo com moradores de condomínios sobre as derrubadas de construções e residências nesses locais.

O auditório da Câmara Legislativa foi ocupado por moradores que fizeram duras críticas as ações do governo, solicitaram a mediação do Legislativo para o diálogo com Rollemberg e pediram que a Agefis atue somente em ações preventivas. O grupo também pediu a venda direta dos imóveis, assim como o cumprimento das leis existentes para regularização fundiária.

O deputado Rafael Prudente (PMDB) retificou que a Rollemberg deve priorizar a regularização dos condomínios. Solicitou que seja enviado para a Câmara o projeto de Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) e que as derrubadas sejam suspensas. Prudente também ressaltou a importância de ações preventivas para evitar novas ocupações, além da prisão de grileiros.

A presidente afastada da Casa, deputada Celina Leão (PPS) aproveitou o momento para criticar o Executivo. Rebateu a versão do GDF que os condomínios irregulares são os culpados pela crise hídrica. “A crise hídrica não é culpa dos condomínios. A crise é culpa deste governo que não investe como deveria em saneamento. Um governo incompetente que não consegue defender o povo que representa".

A extinção do grupo técnico que conduzia os processos de regularização foi criticada pelo deputado Wasny de Roupe (PT). O petista acredita que Rollemberg trata o tema de forma equivocada.

Ricardo Vale (PT) foi além,condenou as ações “truculentas” e pediu a prisão da presidente da Agefis, Bruna Pinheiro. Vale revelou que a agência teve um gasto de R$ 10 milhões com as derrubadas, afirmando que o gasto é um absurdo, “principalmente porque o governo vive reclamando de falta de dinheiro".(Com informações CLDF)

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