Renúncia eleitoral

Desembargador governa Alagoas, após Renan Filho sair para disputar Senado

Klever Loureiro era segundo da linha sucessória e convocará eleições indiretas em até 30 dias

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Desembargador Klever Loureiro é governador de Alagoas até eleição indireta para o cargo de governador tampão. Foto: Caio Loureiro/Dicom TJAL

O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), desembargador Klever Loureiro, assumiu no último sábado (2) o cargo de governador interino de Alagoas, após Renan Filho (MDB) renunciar ao seu segundo mandato para poder disputar uma vaga no Senado, contra a reeleição do senador Fernando Collor (PTB-AL).

Segundo da linha de sucessão no Estado, Loureiro iniciou a semana nomeando o novo secretariado provisório nesta segunda-feira (4), com a missão de governar até 2 de maio, data limite para a Assembleia Legislativa escolher em eleição indireta o próximo governador de Alagoas.

“Esse é um momento histórico na carreira de um magistrado. É um desafio grande. Assumo o governo com responsabilidade, ética e respeito a todos”, disse Klever Loureiro.

Alagoas não tem vice-governador desde que o então ocupante do cargo, Luciano Barbosa (MDB), renunciou para assumir o mandato de prefeito de Arapiraca, em janeiro de 2021. E o presidente do Legislativo, deputado Marcelo Victor (MDB), primeiro da linha sucessória, declinou do cargo, e deverá convocar, organizar e realizar a eleição do novo governador do Estado.

Maioria dos integrantes do Legislativo já declara como certa a eleição do deputado Paulo Dantas (MDB) para assumir o cargo de governador “tampão”, para concluir o governo até 31 de dezembro. Dantas também será candidato a governador, com apoio do ex-governador Renan Filho, que não teve sucesso nas tentativas de construir um indicado próprio, de seu governo, para encabeçar a chapa governista.

Quem assumiu a presidência do TJAL foi o desembargador José Carlos Malta Marques.

Legado x herança

Renan Filho se despediu do cargo discursando para a população, de uma das sacadas do Museu Palácio Floriano Peixoto, sede histórica do governo de Alagoas. O ex-governador destacou que deixa como legado novos hospitais funcionando e em construção, bem como um caixa com R$ 4 bilhões para novos investimentos em Alagoas.

Mas seus opositores, como o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL), critica que o ex-governador deixa como herança uma máquina pesada, com “elefantes brancos” na saúde, e uma dívida pública de mais de R$ 11 bilhões.

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