Cabe recurso

Decorador acusado de golpe contra noivas é absolvido pela Justiça

Essa é uma das 21 ações penais de estelionato contra ele

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O juiz da 8ª Vara Criminal de Brasília absolveu o decorador Chrisanto Lopes Galvão Netto, acusado por um casal de noivos de estelionato. Essa é uma das 21 ações penais de estelionato que tramitam contra o decorador na Justiça do Distrito Federal. A decisão saiu nesta terça-feira (10) e cabe recurso.

Nessa ação em que foi absolvido, Chrisanto é acusado de, no dia 2 de fevereiro de 2015, ter simulado contratar com as vítimas a prestação de serviços para decorar a Igreja São Judas Tadeu, na Asa Sul, e o local da festa do casamento, que seria em julho. As vítimas teriam desembolsado R$ 23 mil à vista. No entanto, o decorador já estaria com dívidas, vindo a fechar o seu comércio poucos dias depois e não realizando o casamento.

O magistrado explicou na decisão que as provas anexadas ao processo atestam que Netto Galvão “promoveu a execução dos contratos de prestação de serviço por ele celebrados até a derradeira hora do 'fechamento da empresa'. Ou seja, buscou prestar todos os serviços contratados na esperança de readquirir a estabilidade financeira”. E prossegue: "É razoável afirmar, portanto, que o acusado empreendeu todos os esforços para cumprir o maior número de contratos possível, o que, entretanto, a bem da verdade, não foi suficiente para manter a empresa e para atender a todos os clientes que contrataram seus serviços de decoração".

Acusação de golpe

Em 7 de maio de 2015, várias mulheres com casamento marcado registraram ocorrência contra a empresa de decoração e fotografia de eventos de Chrisanto Lopes Netto Galvão. A alegação era de um suposto golpe. Muitas contaram que a firma teria fechado as portas e que, depois disso, Galvão havia desaparecido e não atendia as ligações ou respondia mensagens.

As noivas também disseram ter recebido um e-mail, supostamente enviado pelo decorador, alegando problemas psicológicos e falência. Isso fez com que as as mulheres procurassem as autoridades. As investigações da 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro) apontaram que cerca de 100 pessoas teriam sido lesadas. Netto Galvão compareceu à polícia no dia 20 de agosto de 2015, após passar uma temporada na França.

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