Datafolha: Maioria defende educação sexual e discussão política em escolas
71% são a favor de falar de assuntos políticos em sala de aula, enquanto 51% são a favor de falar sobre sexualidade
Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira, 7, aponta que 71% da população defende discussões sobre política na escola. Já 54% informaram que são favoráveis à educação sexual, que abrange atuação em temas como prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, gravidez, mudanças do corpo e nos sentimentos.
Entre os 28% dos que se opõem à discussão política nas aulas, 20% dizem discordar totalmente. Os outros 8% discordam em parte. A aprovação por assuntos políticos cresce de acordo com a escolaridade. Entre aqueles que têm ensino superior, 83% concordam com a afirmação.
Já o apoio à educação sexual nas escolas, mostra a pesquisa, alcança 54%. As mulheres concordam mais do que os homens (56% e 52%, respectivamente), mas fica empatado na margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
De acordo com a pesquisa, quanto maior a escolaridade, maior também concordância com a educação sexual nas escolas. Entre aqueles com ensino superior, por exemplo, o percentual chega a 63%.
Apesar de haver consentimento maior, a educação sexual divide mais a opinião. O Datafolha mostra que, enquanto 35% das pessoas concordam totalmente, os que desaprovam totalmente também somam outros 35%.
Segundo o instituto, a oposição à educação sexual só é superior em dois grupos: entre os que dizem ter votado em Bolsonaro (54% discordam com a adoção do tema) e entre evangélicos (53%).
Os dois temas são sensíveis por parte de grupos conservadores e religiosos. Projetos como o Escola sem Partido, que prevê a proibição do que chama de “prática de doutrinação política e ideológica”, ganharam notoriedade nos últimos anos.
O Datafolha ouviu 2.077 em 130 municípios nos dias 18 e 19 de dezembro. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.