Belford Roxo

Secretário tinha 300 mil euros ao ser preso por desviar merenda no RJ

Dinheiro foi encontrado com Macedo, suspeito no desvio de R$ 6 milhões

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Secretário de Educação de Belford Roxo, Denis Souza Macedo, foi preso com 300 mil euros (Foto: Reprodução/Prefeitura de Belford Roxo)

O atual Secretário de Educação do município de Belford Roxo, Denis Souza Macedo, foi preso com cerca de 300 mil euros, na manhã desta terça (9), por suspeitas de desviar mais de R$ 6 milhões em recursos públicos federais do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A prisão determinada pela Justiça Federal foi cumprida na Operação Fames, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro.

A operação determinada pela 7ª Vara Federal da Subseção Judiciária do Rio de Janeiro levou cerca de 100 policiais federais às ruas da capital e da cidade da Baixada Fluminense, para prender o secretário e cumprir 21 mandados de busca e apreensão. O montante encontrado com Denis Souza Macedo equivale a mais de R$ 1,7 milhão, de acordo com a cotação do Euro na manhã desta terça (R$ 5,92).

A investigação indicou que agentes públicos atuantes na pasta da Educação de Belford Roxo agiram em conluio com empresas fornecedoras de merenda escolar e seus dirigentes, para superfaturar e desviar os recursos públicos do PNAE que iriam para alimentação de alunos de escolas municipais. E ao menos exatamente R$ 6.140.602,60 foram apurados como desviados, até o momento.

A PF relatou que as fraudes usavam documentação falsa e envolviam pagamento de propina por parte das empresas fornecedoras de merenda a agentes públicos do município de Belford Roxo. Estes usaram mecanismos de lavagem de dinheiro para ocultar e dissimular a origem ilícita dos valores recebidos, segundo os investigadores.

“A operação deflagrada busca a ampliação do conjunto de provas já existente, de forma a coletar mais elementos que possam estabelecer o montante total dos valores desviados, bem como revelar eventual participação de outros servidores públicos nas condutas criminosas apuradas”, detalha a PF.

Os alvos da Operação Fames podem ser denunciados pelos crimes de documento falso, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude à licitação e lavagem de dinheiro.

 

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