Tráfico e outros crimes

Preso por crimes com criptoativos movimentou mais de R$ 14,4 bilhões

Operador de esquema foi preso pela PF tentando embarcar em voo de São Paulo para Dubai

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Foto: Pixabay

Um operador especializado em lavar dinheiro com criptoativos, preso pela Polícia Federal na madrugada de ontem (7), movimentou ao menos R$ 14,4 bilhões, desde 2017. O acusado de integrar o esquema criminoso foi detido na área migratória do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, tentand embarcar em voo com destino a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

De acordo com dados da PF sobre investigação resultante da Operação Colossus, uma das empresas controladas pelo investigado movimentou, entre os anos de 2017 e 2021, mais de R$ 13 bilhões entre créditos e débitos, sem registros de notas fiscais compatíveis com as transações bancárias.

A PF ainda afirma ter evidências de que a operação envolvia dinheiro proveniente de tráfico de drogas e outros crimes. Além de citar provas de que a ação delituosa prosseguia com o operador vivendo no exterior, em conta bancária pertencente a empresa de “laranja” usada para movimentar mais de R$ 1,4 bilhões, ao longo de dez meses de 2023.

A prisão resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços do investigado e de sua companheira, não cumpridos desde a deflagração da Operação Colossus, em 2022, porque os alvos não haviam sido localizados no Brasil.

A PF afirma que o preso morava em Dubai, “a fim de possibilitar a continuidade da prática criminosa de forma a dificultar a atuação das autoridades policiais brasileiras”. E justifica que foi decretada sua prisão preventiva a fim de resguardar a ordem pública, a instrução criminal e a aplicação da lei penal; por causa de sua reiteração delitiva, com gravidade concreta da conduta e fixação de residência no exterior sem a comunicação formal às autoridades.

“O investigado é responsável por diversos atos de lavagem de capitais por meio do recebimento de recursos financeiros de origem ilícita no país e sua disponibilização como criptoativos, tanto no exterior quanto no território nacional. […] Além da prática dos crimes de falsidade ideológica, evasão de divisas, funcionamento irregular de instituição financeira e falsa identidade em operação de câmbio”, detalhou a Comunicação Social da PF em São Paulo.

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