Produto Interno Bruto

PIB cresce 2,5% em relação a 2023, ao avançar 0,8% no 1º trimestre de 2024

Economia cresceu, mesmo com recuo do agro em relação ao mesmo trimestre de 2023

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Foto: Jannoni Bergall

O IBGE divulgou nesta terça (4) que a economia brasileira avançou 2,5% no primeiro trimestre de 2024, em relação ao mesmo período de 2023. O resultado foi obtido com o crescimento de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB), frente ao quarto trimestre de 2023. O PIB totalizou R$ 2,7 trilhões no 1º trimestre deste ano de eleições municipais, sendo R$ 2,4 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 361,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.

A economia cresceu em relação ao 1º trimestre de 2023, mesmo com recuo de 3% na agropecuária, em relação ao mesmo trimestre de 2023. Resultado impulsionado pelos crescimentos da Indústria (2,8%) e dos Serviços (3,0%). “O Valor Adicionado a preços básicos subiu 2,3% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios avançaram em 3,4%”, detalha o IBGE.

Neste 1º trimestre de 2024, a taxa de investimento foi de 16,9% do PIB, abaixo dos 17,1% registrados no primeiro trimestre de 2023. Já a taxa de poupança foi de 16,2%, ante 17,5% no mesmo trimestre de 2023.

Em relação ao trimestre imediatamente anterior, no âmbito da produção, os destaques foram Serviços (1,4%) e Agropecuária (11,3%), enquanto a Indústria ficou estável (-0,1%).

Fonte: Agência IBGE

Desempenho nos setores

A queda de 3% no agronegócio ocorre apesar da contribuição positiva da pecuária, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE). Alguns produtos agrícolas, cujas safras são significativas no primeiro trimestre, apresentaram queda na estimativa de produção anual e perda de produtividade: soja (-2,4%), milho (-11,7%), fumo (-9,6%), e mandioca (-2,2%).

A Indústria cresceu 2,8%. As Indústrias Extrativas (5,9%) registraram o melhor resultado, sendo afetadas pela alta tanto da extração de petróleo e gás como de minério de ferro. Houve destaque também na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (4,6%), com destaque para o consumo residencial.

A Construção (2,1%), por sua vez, teve a segunda alta consecutiva corroborada pelo aumento da ocupação na atividade e da produção dos insumos típicos. A Indústria de Transformação (1,5%) teve o menor crescimento nessa comparação, puxada pela alta na fabricação de coque e produtos derivados de petróleo e biocombustíveis; produtos alimentícios e bebidas.

O setor de Serviços cresceu 3,0% ante o mesmo período de 2023, com altas em todas as suas atividades: Outras atividades de serviços (4,7%), Informação e comunicação (4,6%), Atividades Imobiliárias (3,9%), Comércio (3,0%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (2,5%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,3%), Transporte, armazenagem e correio (0,4%).

No primeiro trimestre de 2024, tanto a Despesa de Consumo das Famílias (4,4%) quanto a Despesa de Consumo do Governo (2,6%) tiveram alta ante o primeiro trimestre de 2023.

A Formação Bruta de Capital Fixo avançou 2,7% no primeiro trimestre de 2024, apresentando alta após três quedas consecutivas. O crescimento das importações de bens de capital, o desempenho positivo da construção e o aumento do desenvolvimento de sistemas suplantaram a queda na produção interna de bens de capital.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram alta de 6,5%, enquanto as Importações de Bens e Serviços avançaram 10,2% no primeiro trimestre de 2024. (Com IBGE)

 

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