PF volta às ruas e prende atacadistas acusados de financiar 8 de Janeiro
Operação tem mais sete alvos de monitoramento eletrônico e faz buscas em 24 endereços de oito estados
A Polícia Federal retomou, nesta quinta-feira (29), a caçada a envolvidos com os ataques do 8 de Janeiro de 2023, que destruíram as sedes dos Três Poderes da República visando destituir o presidente Lula (PT). Em sua 25ª fase, a Operação Lesa Pátria cumpre três mandados de prisão preventiva, tem mais sete alvos de monitoramento eletrônico e faz buscas por provas em 24 endereços de oito estados.
O foco da ação de hoje é prender financiadores dos atos violentos. Entre eles, os atacadistas do Distrito Federal, Adauto Lucio de Mesquita e Joveci Xavier de Andrade, acusados abastecer com água, alimentação e lonas, o acampamento em frente ao QG do Exército, em Brasília.
Os 34 mandados judiciais expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), são cumpridos nos estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal.
Moraes ainda determinou a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados, com o objetivo de garantiro ressarcimento pelos danos causados ao patrimônio público, que pode chegar a R$ 40 milhões, após a destruição do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF, pelos manifestantes que buscavam anular a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o petista, nas eleições de 2022.
A PF relata que os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.