De Faroeste a Patronos

PF volta a buscar provas de esquema de venda de sentenças no TJ da Bahia

Fases III e IV da Operação Patronos investiga participação de advogados em esquema de corrupção por decisões judiciais

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Sede do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia.

A Polícia Federal voltou a buscar provas de um esquema criminoso de negociação de decisões judiciais de magistrados do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), ao deflagrar, nesta terça-feira (9), as fases III e IV da Operação Patronos, na capital e em outros dois municípios baianos. A investigação conjunta com o Ministério Público Federal (MPF) apura a participação de advogados em várias organizações criminosas identificadas durante a Operação Faroeste, que mirou desembargadores baianos.

Os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos por 28 policiais federais em Salvador, Mata de São João e Serrinha. E a Justiça também determinou medidas cautelares diversas.

As fases anteriores da Operação Patronos foram deflagradas em 14 de setembro de 2023 e em 1º julho de 2024, quando também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos endereços dos investigados. À época, foram determinadas medidas cautelares de constrição patrimonial.

A Operação Faroeste, deflagrada em 2019, chegou a afastar cinco desembargadores e uma juíza do TJBA, por suspeitas de envolvimento em um esquema de venda de sentenças para grilagem de terras no Oeste da Bahia. Em abril, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou a denúncia contra a desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, que se tornou ré por acusações de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

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