PF combate crimes de R$ 5 milhões no combate à covid-19 no RJ
Compras de itens contra pandemia foram superfaturados em 18,5%, em Duque de Caxias

A Polícia Federal uniu-se à Corregedoria-Geral da União (CGU) para deflagrar, nesta quarta-feira (20), a Operação Janus, contra uma organização criminosa que causou um dano estimado em mais de R$ 5 milhões aos cofres da Prefeitura de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. A investigação identificou superfaturamento de cerca de 18,5% na compra de equipamentos de combate à pandemia de covid-19.
Para robustecer o acervo de provas contra o grupo criminoso suspeito de fraudar licitações emergenciais, cerca de 50 policiais federais e 12 auditores da CGU cumprem 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal de São João de Meriti, em residências, empresas e escritórios ligados à organização criminosa fluminense, na capital Rio de Janeiro, e em Duque de Caxias e Bom Jardim.
A Justiça Federal determinou o sequestro de bens e valores que somam mais de R$ 5 milhões, para cobrir eventual ressarcimento dos recursos desviados, com base na investigação da PF, iniciada em 2020.
Entre as irregularidades estão processos de dispensa de licitações, fraudes com superfaturamento, com uso de empresas de fachada, “laranjas”, para ocultar a origem e destino dos valores obtidos ilicitamente.
As ordens judiciais também visam descapitalizar a organização, para expropriar patrimônio, bens e valores acumulados ilegalmente. Além de impedir a reestruturação do grupo criminoso, cujos integrantes devem ser processados e julgados por crimes licitatórios, associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.
A PF informou que, durante a operação, um lagarto australiano foi apreendido na residência de um dos alvos da operação no Rio de Janeiro. E a filha do alvo foi presa em flagrante e conduzida à Superintendência da PF para lavratura dos procedimentos.