Escudo Eleitoral

PF apura se facção bancou eleição de vereadora em Teresina

Operação Escudo Eleitoral fez buscas em instituição fundada pela vereadora eleita Tatiana Medeiros

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Polícia Federal buscou provas de crimes em instituição fundada pela vereadora eleita Tatiana Medeiros (PSB), em Teresina. (Foto: Reprodução/ Instagram e PF)

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça (17), a Operação Escudo Eleitoral, para buscar provas da atuação de facções criminosas eleições municipais de 2024, em Teresina. São cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em endereços ligados a investigados, entre os alvos estão a vereadora eleita Tatiana Medeiros (PSB), expedidos pelo 1º Juízo de Garantias do Núcleo I da Justiça Eleitoral no Piauí.

Um dos alvos é a instituição Vamos Juntos, fundada pela vereadora e localizada na Avenida Boa Esperança, Zona Norte de Teresina. No endereço, foi encontrada parte dos R$ 100 mil em espécie apreendidos pelos policiais federais.

A Escudo Eleitoral foi motivada pela identificação de indícios de crimes de lavagem de dinheiro vinculados à organização criminosa, que teria financiado campanha eleitoral com potencial de comprometer a integridade do processo democrático.

“As investigações tiveram início logo após a divulgação dos resultados das eleições, quando surgiram indícios de estreito vínculo entre candidato eleito ao cargo de vereador [sic] na capital piauiense e possível liderança de facção criminosa”, disse a PF, ao divulgar a operação.

A sede da fundação foi inaugurada pela vereadora eleita em 5 de julho deste ano, na véspera da campanha eleitoral, com grande evento com sorteios e festa. E o nome da entidade foi lema da publicidade eleitoral de Tatiana Medeiros, que é advogada.

Prisão de companheiro

Em 14 de novembro, a vereadora presenciou a prisão de Alandilson Cardoso, seu companheiro, em um hotel em Belo Horizonte, em operação conjunta da Polícia Civil com a PF. A vereadora ressaltou, à época, não ser investigada, e destacou que celebrava sua vitória. O casal tinha passagem comprada para São Paulo.

Alandilson foi preso por suspeita de tráfico, roubo qualificado e posse irregular de arma de fogo. E já havia sido preso suspeito de organização criminosa e tráfico de drogas.

A investigação segue sob sigilo judicial e os materiais apreendidos serão analisados para subsidiar a continuidade das apurações.

O Diário do Poder tentou obter posicionamento da assessoria da vereadora, por meio de seu perfil da rede social Instagram. E fica à disposição para divulgar manifestação de sua defesa.

 

 

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