Rejeita pressão

Motta nega priorizar ideologias, ao adiar anistia e rejeitar impeachment

Presidente da Câmara diz que Brasil não cabe em dogmas, ao iniciar mandato pressionado a cassar Lula e votar perdão a acusados de golpe

acessibilidade:
Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (REP-PB). (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)

Na primeira semana do deputado federal Hugo Motta (REP-PB) como presidente da Câmara dos Deputados, a oposição já o pressiona pela inclusão na pauta da Casa de temas como o perdão para acusados de tentar golpe no 8 de Janeiro de 2023 e pedido de impeachment de Lula (PT). Enquanto não decide sobre a anistia e rechaça um processo para cassar o presidente da República, Motta ressaltou, nesta quarta (5), que nunca coloca ideologias à frente dos problemas, por focar sempre na busca por melhores soluções.

Em entrevista à CBN, o paraibano ressalta que o Brasil é grande de mais para caber em dogmas. E enfatiza que presidente da Câmara não pode temer nenhuma pauta ou tema, e tem dever de respeitar as diferentes visões do mundo.

“O presidente da Câmara não pode temer nenhuma pauta, nenhum assunto, tem que respeitar as diferentes visões do mundo. O Brasil é grande demais pra caber em dogmas. Nunca coloco a ideologia na frente dos problemas, foco sempre em buscar as melhores soluções”, disse Hugo Motta.

A fala ocorre um dia após Motta declarar ao SBT que não provocará qualquer “estremecimento” com o Palácio do Planalto e com o Supremo Tribunal Federal (STF), ao afirmar preferir evitar “traumas” de um processo de impeachment. “Se pudermos evitar todo e qualquer tipo de instabilidade, eu penso que é o melhor caminho para a nossa nação, para que, com isso, ajustemos aquilo que precisa ser feito e, de fato, os problemas possam ser atacados”, declarou o presidente da Câmara.

Ainda ontem, Motta afirmou que as polêmicas pautas sobre a anistia para o 8 de de Janeiro ou a mudança da escala de trabalho para 6×1 dependem de consenso de líderes partidários.

Reportar Erro