Marinho: ‘Lula ameaça trabalhador, contrariando liberdade sindical’
Líder da oposição no Senado critica governo petista, após insinuar ser insuficiente volta da contribuição assistencial para sindicatos
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), afirmou que governo de Lula (PT) “atua na contramão da liberdade sindical e volta a ameaçar os trabalhadores brasileiros que diz defender”, após o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, considerar insuficiente o aval do Supremo Tribunal Federal (STF) para retorno da contribuição assistencial para sindicatos.
O senador que foi ministro do Desenvolvimento do governo de Jair Bolsonaro (PL) acusou o governo petista de insistir em retrocessos para “saquear ainda mais o trabalhador com essa velha e fascista contribuição sindical”. Ele referiu-se à conclusão do ministro do Trabalho de que a votação do STF sobre a contribuição assistencial não resolve o que chamou de “processo de desmonte e fragilidade terrível” dos sindicatos, causado pelo fim do imposto sindical, que era uma contribuição anual e obrigatória.
“O ministro de Lula tem a audácia de insinuar que a decisão do STF sobre a contribuição assistencial não foi suficiente? […] Não se deixem enganar: é a volta do imposto sindical em nova roupagem, um roubo descarado ao trabalhador, um esquema para engordar sindicatos que não representam ninguém, apenas seus próprios interesses”, acusou Marinho.
Ao publicar sua crítica nas redes sociais com um vídeo em que faz montagem jocosa de frases de Lula, o oposicionista afirmou que não irá permitir que o Brasil retroceda a políticas que servem apenas para “alimentar a esquerda e os pelegos em detrimento do povo”. E acusa o governo do líder do Partido dos Trabalhadores de “tentar ressuscitar esse imposto sindical sob o disfarce de ‘contribuição assistencial'”, com “peleguismo em sua forma mais pura”.
A contribuição assistencial avalizada pelo STF custeia negociações coletivas dos sindicatos, na busca por melhorias de condições de trabalho e reajustes salariais. Mas não há valor fixo, que será definido em convenção coletiva de cada categoria. Mesmo não sendo obrigatória, a contribuição será cobrada, a menos que o trabalhador manifeste formalmente que não deseja ter o desconto em folha para o sindicato de sua categoria.
O ministro de Lula tem a audácia de insinuar que a decisão do STF sobre a contribuição assistencial não foi suficiente? O governo do PT, em sua típica insistência em retrocessos, quer saquear ainda mais o trabalhador com essa velha e fascista contribuição sindical. Não se deixem… pic.twitter.com/J94NvjnteP
— Rogério Marinho🇧🇷 (@rogeriosmarinho) September 14, 2023