'Nem sequer meia prova'

Livrado pelo STF, Richa diz ter sido vítima de ‘ação criminosa’ da Lava Jato

Ex-governador era acusado de corrupção e desvios de recursos públicos

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Ex-governador do Paraná Beto Richa. Foto: Ricardo Almeida/ANPR

O ex-governador do Paraná e deputado federal Beto Richa (PSDB) disse ter sido vítima de uma ação criminosa da Operação Lava Jato, um dia após ter declarada “nulidade absoluta” de todos os processos decorrentes de mais quatro operações que o investigaram por suspeitas de corrupção e desvios de recursos públicos. Preso três vezes desde 2018, o político celebrou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, afirmando que “não existia sequer meia prova” das acusações de que foi alvo.

“Me tornei alvo de um grupo que se utilizou da manipulação processual para criminalizar a política. Um grupo que, na verdade, não buscava combater a corrupção, e sim conquistar o poder eliminando aqueles que escolhiam como adversários a serem abatidos”, reagiu o deputado, em vídeo publicado na noite de ontem (20), nas suas redes sociais.

Reafirmando ser “inocente de todas as acusações injustas” de que foi alvo, Richa reclamou da herança de prejuízo político, dor pessoal e sofrimento familiar provocadas pelas investigações da Lava Jato, que resultaram nas operações Rádio Patrulha, Piloto, Integração e Quadro Negro.

O parlamentar paranaense destacou que Toffoli concluiu ter havido “incontestável quadro de conluio processual” entre os órgãos acusador e jurisdicional: a Força-Tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF), à época coordenada pelo ex-procurador Deltan Dallagnol, e o então juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, o senador Sérgio Moro (União-PR), que negaram tal combinação.

“Confiei na Justiça e na lei para restabelecer a verdade. E a verdade veio à tona. Sou inocente”, disse Richa. “Me submeteram a um linchamento moral, execração e humilhação pública”, condenou.

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