Lira exaltou ‘costura fina’ por Motta e manteve recorde de votos e poder
Ex-presidente da Câmara destaca articulação para eleger sucessor com potencial de unir opostos

O deputado federal, Arthur Lira (PP-AL), tratou a eleição de seu sucessor, Hugo Motta (Republicanos/PB), à Presidência da Câmara dos Deputados, no último sábado (1º), como vitória pessoal e evidência clara de seu poder e prestígio político nacional. Lira exaltou sua liderança na articulação política por Motta como uma “costura fina”, para que seu aliado paraibano fosse eleito com 444 votos entre 513 deputados. Esta segunda maior vitória da história da Presidência da Câmara ainda preservou o recorde do alagoano, de 464 votos obtidos em sua reeleição em 2023.
O ex-presidente da Câmara despediu-se do comando da Casa enfatizando o resultado das urnas como demonstração do potencial de Hugo Motta de unir opostos. Porque o novo presidente recebeu apoio de 17 dos 20 partidos, unindo, inclusive, os partidos do presidente Lula (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que lideram o quadro de polarização política nacional. Somente os partidos Novo, Psol e Rede negaram apoiar Motta.
“É uma alegria passar o bastão para você [Motta], depois da costura fina que nos permitiu chegar a um nome de consenso, com ampla capacidade de aproximar opostos. Estarei ao lado de cada um de vocês no bom debate do Plenário. Seguirei como um soldado do Parlamento, representando não somente os mais de 220 mil alagoanos que confiaram a mim essa missão, mas também toda população do meu estado, além dos mais de 200 milhões de brasileiros a quem servi de peito aberto, com muito amor, honra e espírito público”, disse Lira, na fala de despedida.
O deputado alagoano também destacou ter conduzido os trabalhos legislativos da Câmara, com líderes legislativos, para entregar ao País, nos últimos 4 anos, reformas estruturantes históricas complexas, mas absolutamente imprescindíveis para modernizar o Brasil e pavimentar o caminho do desenvolvimento e do progresso.
“Sinto um imenso orgulho da agenda positiva e dos profundos avanços que, juntos, com muito diálogo e convergência, estamos deixando ao País, mesmo num contexto de reconhecida polarização social e política”, concluiu.