'Touchdown na América Latina'

Líder da UE chega ao Uruguai em busca de acordo com Mercosul

Ursula von der Leyen participa da cúpula do Mercosul para trabalhar por

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Presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen, durante evento no Palácio do Planalto. (Foto: Arquivo/Ricardo Stuckert/PR)

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, demonstrou entusiasmo ao chegar a Montevidéu para a Cúpula do Mercosul, nesta quinta-feira (5), com a possibilidade de fechamento do acordo para criar um mercado de 700 milhões de pessoas entre países latino-americanos e europeus. A líder dos países da Europa disse que vai trabalhar para ultrapassar a linha de chegada do acordo para livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul, negociado há 25 anos.

Touchdown na América Latina. A linha de chegada do acordo UE-Mercosul está próxima. Vamos trabalhar, vamos atravessá-la. Temos a chance de criar um mercado de 700 milhões de pessoas. A maior parceria comercial e de investimento que o mundo já viu. Ambas as regiões serão beneficiadas”, defendeu a líder da União Europeia, nas redes sociais, citando a expressão de “gol” do futebol americano, ao chegar à capital do Uruguai para a cúpula marcada para esta sexta (6) e sábado (7).

A chegada inesperada de Ursula von der Leyen para a Cúpula do Mercosul empolga defensores do acordo, a exemplo do presidente Lula (PT), que chega amanhã ao Uruguai. E sua sinalização favorável à união dos dois blocos comerciais contraria a posição contrária da França, que tenta proteger produtores da agropecuária francesa, a ponto de ter criado um incidente diplomático ao divulgar informações falsas sobre a qualidade da carne do Brasil, no mês passado.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB), demonstrou empolgação com o empenho da presidente da Comissão Europeia: “Mercosul e União Europeia nunca estiveram tão próximos. A integração dos nossos mercados e a reafirmação dos nossos compromissos democráticos nos fará chegar mais longe juntos!”, escreveu o vice de Lula, nas redes sociais.

Mas apesar de ser possível, não há garantias de que a posição favorável da líder da União Europeia resulte no efetivo fechamento do acordo comercial.

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