Elos com tráfico e roubo

Justiça bloqueia até R$ 1 bi de alvos da PF por crimes tributários em SP

Operação Latus Actio sequestrou bens imóveis e veículos avaliados em mais de R$ 60 milhões

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Veículos, dinheiro e joias foram apreendidos na Operação Latus Actio, em São Paulo (Fotos: Reprodução PF)

Empresas e pessoas ligadas a traficantes e investigadas por crimes tributários e de lavagem de dinheiro tiveram bloqueados valores de até cerca de R$ 1 bilhão em suas contas bancárias, no âmbito da Operação Latus Actio, deflagrada hoje pela Força Tarefa de Combate ao Crime Organizado de São Paulo (Ficco/SP). A ação conjunta com Polícia Federal, Receita Federal e a Fazenda Municipal de São Paulo mira suspeitos ligados a empresas dos setores paulistas de entretenimento e de autopeças, em 15 mandados de busca e apreensão na capital São Paulo, no Guarujá, em Itu e Indaiatuba.

Além dos mandados de buscas e do bloqueio judicial em contas bancárias, a Justiça Federal determinou o sequestro de bens imóveis e veículos avaliados em mais de R$ 60 milhões. E policiais federais e auditores fiscais apreenderam dinheiro, joias e carros de luxo, nas buscas e apreensões com objetivo obter mais provas de crimes contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro e outros delitos conexos.

Transações financeiras suspeitas levaram a PF a instaurar inquérito no primeiro semestre de 2022, sobre o uso de contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas para movimentar e ocultar recursos de origem ilícita e não declarados ao Fisco, com uso de “laranjas” e empresas “fictícias” ou de “fachada”. Parte destas empresas é ligada a indivíduos com extensa ficha criminal por delitos como tráfico de drogas, crimes contra o patrimônio e organização criminosa.

A PF informou que um dos empresários investigados foi autuado pela Receita Federal, em 2023, em valores que superam os R$ 43 milhões.

“Em face das provas coletadas na investigação policial, a Receita Federal irá instaurar novas ações fiscais, desta vez contra as pessoas jurídicas, uma delas beneficiária do PERSE (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos). A Fazenda Municipal de SP, por sua vez, irá instaurar 21 operações fiscais contra empresas investigadas no inquérito policial, em face dos elementos de prova que apontam também para a sonegação do Imposto sobre Serviços – ISS”, detalhou a PF.

A Ficco/SP é composta pela PF,  Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN) e as secretarias estaduais de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Estado de São Paulo. (Com informações da PF em São Paulo)

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