Após três meses preso

Conselho de Ética ouve testemunhas do processo contra Brazão

Pedido de cassação se arrasta desde o fim de março, quando deputado foi preso acusado de matar Marielle Franco e Anderson Gomes

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Deputado Chiquinho Brazão está preso, acusado de mandar matar Marielle Franco - Foto: Bruno Spada/Câmara.

Com uma inércia de mais de três meses, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados ouvirá, nesta terça-feira (9), às 14h, a primeira testemunha do processo que pede a cassação do deputado federal Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ), preso desde março por suspeita de ser mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes, no Rio de Janeiro, em 2018.

A primeira testemunha será o deputado Tarcísio Motta (PSOL-RJ), indicada pela deputada Jack Rocha (PT-ES), relatora da Representação 4/24, na qual o PSOL pede a cassação de Brazão por quebra do decoro parlamentar. A reuni]ao será no Plenário 11.

Ainda serão ouvidas oito testemunhas indicadas pelo deputado alvo do processo e que já foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que o acusa de ser autor intelectual do crime que visava interromper a ascensão política de sua então colega do Legislativo Municipal carioca, Marielle Franco.

Brazão se defende alegando que os debates com a vereadora na Câmara do Rio de Janeiro não seriam motivos para acusá-lo do homicídio. E seu advogado, Cleber Lopes, ressaltam que os episódios relatados nas acusações (embates e o assassinato) antecedem o atual mandato de Brazão, o que não poderia ser objeto de punição do Código de Ética da Câmara dos Deputados.

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