MST pautando governo

Caiado vê ‘fomento à desordem’ em invasão de terra com aval do Incra

Governador assegurou que não permitirá invasões em áreas públicas e particulares do estado

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Fazenda invadida pelo MST, em 2023, em Goiás, foi comprada com dinheiro do tráfico internacional de mulheres para exploração sexual. Foto: Divulgação MST-GO/Arquivo

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), condenou a iniciativa do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de incluir a antiga Fazenda São Lukas, em Hidrolândia, na reforma agrária, autorizando a invasão da propriedade pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Para o governador, o aval do Incra e do governo de Lula (PT) servem apenas para “fomentar a desordem”.

“Reforma agrária tem que ser feita dentro da lei, com um planejamento que permita às famílias assentadas produzirem com qualidade, garantindo assim seu sustento. Invasões como essa autorizada pelo Incra e o Governo Federal não resolvem o problema, não asseguram renda digna às famílias que lá estão. Servem muito mais para fomentar a desordem”, reagiu o governador goiano.

Apesar da crítica, Caiado admitiu não poder reverter a reocupação da área rural por esta ser uma área de propriedade do próprio Incra. Mas ressaltou que áreas públicas e particulares no Estado de Goiás não sofrerão invasão.

“Em Goiás, continuará prevalecendo a ordem e o princípio do direito à propriedade privada”, disse o governador, ao lembrar que, na primeira tentativa de invasão à mesma fazenda pelo MST, em março deste ano, as forças de segurança de seu governo fizeram a desocupação, de forma pacífica e organizada.

Caiado disse ter sido surpreendido, na manhã de ontem (24), com a notícia de que o Incra havia autorizado a invasão de terra, através da reocupação da uma área rural de Hidrolândia.

Na madrugada de 25 de março, mulheres do MST lideraram a invasão de mais de 600 famílias à Fazenda São Lukas, com o argumento de que a fazenda foi de propriedade de um grupo criminoso investigado pela Polícia Federal e condenado em 2009 por crimes de exploração sexual e tráfico internacional de pessoas.

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