CONFLITO DE INTERESSES

Contra blindagem ao governo, delegados criam sindicato em Alagoas

Associação presidida por diretor da DEIC não estaria atuando

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Incomodados com inércia provocada pela sintonia política da Associação dos Delegados de Polícia de Alagoas (Adepol) com o governo de Renan Filho (PMDB), uma comissão de delegados se reúne às 9h da manhã desta segunda-feira (15), no Hotel Ponta Verde, para criar o Sindicato dos Delegados da Polícia Civil do Estado de Alagoas (Sindepol/AL). A convocação da categoria foi feita em 19 de abril.

A ideia de criar uma organização que lute e defenda as prerrogativas dos delegados de polícia tem o apoio de grande parte dos delegados alagoanos, que se queixam da falta de atenção por parte da Adepol, cujo presidente, Mário Jorge Barros, se divide entre os interesses da associação de sua classe e os interesses do governador Renan Filho, por ocupar um dos cargos mais estratégicos da Polícia Civil, no comando da Divisão Especializada de Investigações e Capturas (DEIC).

Quando questionado pelo Diário do Poder sobre os motivos para o nascimento da nova entidade de classe, um dos delegados que articulam a criação do Sindepol, José Carlos André dos Santos, evitou comentar a reclamação da categoria sobre a suposta blindagem do governo, pela Adepol.

“As motivações foram várias. Grande parte dos delegados entendeu a necessidade de se criar um sindicato. Nossas prioridades serão definidas após a criação da entidade. Sobre sua pergunta, ainda não temos condições de fazer esse tipo de avaliação antes da criação do sindicato. E a ideia inicial do sindicato é reforçar a luta junto à Adepol”, respondeu o delegado José Carlos.

O presidente da Adepol, Mário Jorge Barros, não foi localizado pela reportagem, para comentar as críticas da categoria. Seu celular estava desligado. 

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