Máfia da prótese

Conselho Regional de Medicina diz que vai investigar médicos presos

A instituição vai abrir uma sindicância para apurar a denúncia

acessibilidade:

O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) informou que vai investigar a denúncia contra sete médicos presos ontem (1º) durante operação da Polícia Civil. Eles são suspeitos de integrar uma organização criminosa que cometia fraudes médicas. Junto com empresários e hospitais particulares, eles realizavam cirurgias desnecessárias, superfaturamento de equipamentos, troca fraudulenta de próteses e uso de material vencido em pacientes.

Por meio de nota, o CRM, em conjunto com o Conselho Federal de Medicina (CFM), disse que os fatos devem ser apurados com “rigor” pelas autoridades, mas o amplo direito à defesa dos investigados deve ser preservado, “evitando-se pré-julgamentos e a estigmatização gerados pela ampla repercussão”.

A Instituição afirmou que também vai investigar o caso e que será aberta uma sindicância para apurar a denúncia do ponto de vista “ético e profissional”. Se confirmados os indícios, poderá ser aberto um processo contra os médicos envolvidos.

Segundo o Conselho, a entidade, em todo o Brasil, já propôs às autoridades competentes a criação de mecanismos para regular a comercialização das órteses e próteses por meio de fixação de preços para o segmento. Dessa forma, possíveis irregularidades serão "eliminadas definitivametne".

“As vantagens dessa proposta seriam a maior transparência nas negociações com fornecedores; o aumento do controle do comportamento dos preços no mercado; a oferta de subsídios aos gestores na tomada de decisão; e a redução da possibilidade de lucros abusivos e exorbitantes, os quais abrem brechas para atividades ilícitas”, explica a nota. 

Máfia da prótese

A Delegacia de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil do DF (Deco/PCDF) deflagrou uma grande operação nas primeiras horas de ontem (1º). Eram  22 alvos entre médicos e empresários do ramo de prótese.

Estima-se que cerca de 60 pacientes foram lesados em 2016 somente por uma empresa. De acordo com as investigações, o esquema movimentava milhões de reais em cirurgias, equipamentos e propinas.

Os médicos presos são: Henry Greidinger Campos, Rogério Gomes Damasceno (apontado como um dos líderes do grupo), Juliano Almeida e Silva, Wenner Costa Catanhêde, Leandro Pretto Flores, Rondinelly  Rosa Ribeiro e John Wesley.

Reportar Erro