SEM RAZÃO PARA PÂNICO

Confirmada primeira morte deste ano por H1N1, em Alagoas

Médico de 77 anos foi vítima, vacinação segue até 1º de junho

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Médico se tratava de câncer e estava debilitado (Foto: Ascom Ufal)A primeira morte deste ano por H1N1 no Estado de Alagoas foi registrada tendo como vítima o médico cirurgião Alberto Jorge Albuquerque Fontan, que faleceu na semana passada aos 77 anos, após ficar internado em hospital particular, em Maceió (AL). Alagoas já registrou 15 casos de H1N1 e dois do vírus H3N2, até esta terça-feira (15), e outros seis caos estão em fase de apuração. 

A vítima reconhecida pelo comprometimento com a saúde pública do Estado de Alagoas fazia tratamento de câncer, em São Paulo, e estava com imunidade baixa. O médico coordenou o serviço de cirurgia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), onde exerceu atividade docente e foi responsável pela residência médica. E foi pioneiro do programa de cirurgia bariátrica, além de ter ocupado o cargo de diretor técnico do HU.

“Infelizmente, aconteceu esse caso e é confirmado por H1N1. Não é um motivo de pânico, mas devemos nos proteger, já que a doença tem proteção”, afirmou a coordenadora do núcleo de doenças imunopreveníveis da Sesau, Claudeane Nascimento, em entrevista à TV Gazeta.

O número de notificações em Alagoas já é maior que o registrado no ano passado, quando foram confirmados dez casos de influenza, com três óbitos. Em 2016, foram 52 registros e dez mortes, segundo o Núcleo de Doenças Imunopreveníveis da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

VACINAÇÃO

Alagoas já superou registros da doença de 2017 (Foto: Rovena Rosa/ABR)

De olho na doença, continua até o próximo dia 1º de junho a campanha de vacinação, iniciada no final de abril e disponível nos 102 municípios de Alagoas. Até agora, 43,77% do público-alvo já se imunizou, o que engloba pouco mais de 298 mil pessoas das 787.908 que devem tomar a vacina.

Devem se vacinar idosos com 60 anos ou mais, crianças na faixa de 6 meses a menores de 5 anos, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), trabalhadores da saúde e professores das escolas públicas e privadas. Também fazem parte do público-alvo definido pelo Ministério da Saúde, povos indígenas, grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, a população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional.

A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. (Com informações da Gazeta de Alagoas)

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