Operação Arremate

Collor é alvo de operação da PF contra lavagem de R$ 6 milhões em leilões

PF busca provas de participação de senador em arremates suspeitos entre 2010 e 2016

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Ex-presidente Collor recorre contra sentença do STF que o condenou em 2023. (Foto: Divulgação Redes sociais)

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (11), em Maceió (AL) e Curitiba (PR), a Operação Arremate, com o objetivo de combater um esquema de lavagem R$ 6 milhões de dinheiro ilícito, por meio de compras de imóveis em leilões. Os mandados de busca e apreensão foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin e tentam identificar e comprovar suspeitas do envolvimento do senador e ex-presidente Fernando Collor (PROS-AL).

Segundo a operação que é um desdobramento da Lava Jato, o senador alagoano teria sido o responsável por arrematações de imóveis nas hastas públicas ocorridas nos anos de 2010, 2011, 2012 e 2016, utilizando-se de interposta pessoa com o objetivo de ocultar a sua participação como beneficiário final das operações. Segundo a PF, essas compras serviriam para ocultar e dissimular a utilização de recursos de origem ilícita, bem como viabilizar a ocultação patrimonial dos bens e convertê-los em ativos lícitos.

Estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão nas capitais de Alagoas e do Paraná, envolvendo 70 policiais federais. E o montante de aproximadamente R$ 6 milhões citado pela PF não está atualizado com correções monetárias.

Indignado

Ao negar ter relação com a operação, o senador disse em nota que está indignado com o envolvimento de seu nome com o caso.

Leia a nota:

Indignação

Estou indignado com a tentativa de envolver meu nome num assunto em que não tenho nenhum conhecimento ou participação. Trago a consciência tranquila e a certeza de que, mais uma vez, ficará comprovada a minha inocência.

Senador Fernando Collor

Os envolvidos na operação poderão responder na medida de suas responsabilidades pelos crimes de Lavagem de Ativos, Corrupção Ativa, Corrupção Passiva, Peculato, Falsificações e pelo tipo penal de Integrar Organização Criminosa. (Com informações da Comunicação da PF)

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