Bronzeamento natural

Clínica clandestina na Asa Sul é fechada pela Vigilância Sanitária pós morte

Nara Farias morreu três dias após se submeter ao procedimento

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A clínica clandestina onde Nara Farias Preto fez o bronzeamento natural foi fechada na quinta-feira (15) pela Vigilância Sanitária. A jovem, de 20 anos, morreu na madrugada de quarta-feira (14), três dias após se submeter ao procedimento. A casa, que fica na 705 Sul, é alugada e a proprietária entrou com ação de despejo.

Do local foram recolhidas macas e uma bomba de dedetização, que seria usada para aplicação do produto na pele de clientes. Na casa funcionava ainda uma pousada. A proprietária, Lilian Torres, disse que mora no Rio de Janeiro e estava no DF quando soube da morte. Moradores da pousada também foram despejados. Eles disseram não saber da existência da “clínica”.

Tragédia

Nara morreu após sofrer três paradas cardíacas. Ela ficou debaixo do sol por cerca de quatro horas, três a mais do que o recomendado. Familiares da moça contaram que o procedimento teria sido feito na cobertura da casa, sobre uma maca de massagem. Em intervalos, entre 9h e 13h30, era aplicado um produto para acelerar o bronzeamento. Durante o processo, Nara não teria bebido água.

O bronzeamento aconteceu no último domingo (11) e Nara apresentou queimaduras de sol. Familiares contam que ela sentiu queimação no corpo e comprou pomada para aliviar a dor. Já na segunda-feira (12), ela foi levada ao Hospital das Forças Armadas (HFA), no Sudoeste. Diagnosticada com insolação, tomou soro na veia e acabou liberada mais tarde.

Por volta das 18h30 de terça-feira (13), Nara sentiu falta de ar e chegou a desmaiar. De volta ao HFA, ela piorou e teve a primeira parada cardiorresporatória. À noite, mais uma parada. Nara foi levada ao Hospital Daher, no Lago Sul, em estado grave. Lá, teve outra parada e, dessa vez, não resistiu.

A família registrou boletim de ocorrência na 10ª Delegacia de Polícia, no Lago Sul. O laudo do IML vai indicar a causa da morte.

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