Guerra à Covid

Casos de covid-19 caem 19% no Distrito Federal em apenas uma semana

Óbitos também caíram (5,45%), mas o governo não pretende flexibilizar atividades como bares e restaurantes

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Gustavo Rocha, secretário da Casa Civil do governo do Distrito Federal - Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília.

Os novos casos de covid-19 no Distrito Federal registraram queda de 19% em uma semana. Os casos de mortes caíram 5,45% no mesmo período.

Os números foram anunciados nesta quinta-feira (22) pelo secretário de Saúde, Osnei Okumoto, e pelo chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha. Apesar das quedas, o governo do DF não pretende flexibilizar o funcionamento das atividades comerciais, como bares e restaurantes.

Os casos diários também reduziram de 954 para 884. O índice de transmissão, depois de apresentar um aumento na semana passada, está em 0,86.

“Esses dados são apresentados ao governador todos os dias pela manhã e ele toma as decisões baseado neles. Ainda não é hora de afrouxar mais as restrições”, afirmou o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha.

Atualmente, o DF tem 369.808 casos confirmados de covid-19, sendo 352.152 recuperados e 10.269 ativos. “O número de casos ativos vem diminuindo sensivelmente. Chegamos a ter 16 mil casos ativos na fase mais aguda da pandemia”, ressaltou Rocha.

Osnei Okumoto, secretário de Saúde do DF.

Hospitais de campanha

As obras dos hospitais de campanha do Gama, de Ceilândia e do Autódromo de Brasília, construídos para reforçar o combate à covid-19 no Distrito Federal, estão concluídas. Quando começarem a funcionar, a fila de espera por uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a ocupação dos leitos serão reduzidas. Hoje, 118 pacientes aguardam uma UTI no DF. Segundo Osnei Okumoto, os técnicos da Secretaria de Saúde estão realizando vistorias nos hospitais de campanha para garantir que a estrutura física deles esteja adequada e pronta para receber os equipamentos a serem montados pela empresa encarregada da gestão das unidades. “Os três hospitais foram entregues para a Secretaria de Saúde para que a equipe técnica, tanto da assistência quanto da infraestrutura, pudesse avaliar as condições em que eles foram montados para que possam receber os equipamentos necessários, assim como o RH para o início do seu funcionamento”, disse.

O Hospital de Campanha do Gama, ressaltou o secretário, já tem as condições iniciais para receber os equipamentos. Além dos insumos e aparelhos, a empresa que fará a gestão será responsável pelos funcionários que atuarão nos hospitais, inclusive os administrativos e os de serviços, como alimentação, segurança e limpeza.

A oferta de oxigênio também será disponibilizada pela empresa contratada. Os leitos terão a seguinte equipe médica multidisciplinar: um médico, com jornada de quatro horas e com habilitação comprovada por título em terapia intensiva; médicos plantonistas; enfermeiro disponível a cada quatro horas com habilitação em terapia intensiva; enfermeiros plantonistas; fisioterapeutas; fonoaudiólogos e técnicos em enfermagem.

Os três hospitais terão, cada um, 100 leitos de Unidades de Cuidados Intermediários (UCIs), todos equipados com suporte ventilatório pulmonar e de hemodiálise. Segundo os secretários, os leitos só não são classificados como UTI porque estão em um hospital de campanha, onde não há centro cirúrgico. “Os leitos são equipados como uma UTI, mas não têm essa terminologia por uma determinação do Ministério da Saúde pela ausência do centro cirúrgico”, explicou Gustavo Rocha. “Quando esses hospitais estiverem em pleno funcionamento, vamos conseguir zerar a lista de espera e diminuir sensivelmente a ocupação dos leitos de UTI”, ressaltou.

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