Justiça atesta cartel

Cartel usava e-mail e mensagens no Whatsapp para ditar regras

Justiça desvenda códigos utilizado pelo Cartel nas negociatas

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A Juíza Ana Cláudia Morais Mendes, 1ª Vara Criminal de Brasília, aceitou os argumentos da Polícia Federal e do Ministério Público sobre a existência do Cartel dos combustíveis no Distrito Federal, “o que se vê nos autos, até o momento, são indicativos suficientes de práticas delituosas, que afetam diretamente a coletividade de consumidores, bem como a atividade econômica desenvolvida no DF”.

Os integrantes do grupo criminoso se comunicavam por meio de e-mails, telefone e do aplicativo Whatsapp, desta forma eles combinavam preços e ditavam as regras do mercado do DF.

A justiça teve acesso a um diálogo que mostra os códigos usados pela quadrilha para fazer os acertos, de acordo com os investigadores “descer no subsolo” era abaixar muito os preços, “fazer uma pinga 89” significa colocar o preço do etanol a R$ 2,89, “publicar na segunda-feira” era baixar o preço na segunda e “matar ali no caminho” indicava não deixar que o movimento de baixar os preços se alastre.

O cartel foi desmembrado na última terça-feira (24), ao todo foram presas sete pessoas, entre os detidos estão o presidente do Sindicato de Postos de Combustíveis, José Carlos Ulhô e os empresários donos das maiores redes do DF, Casol e Gasoline, Antônio Matias e Cláudio Simm.

A Cascol é dona de 95 dos 312 estabelecimentos existentes do Distrito Federal. A rede fechou contrato com a Petrobras conseguindo assim diversas vantagens, entre eles o arrendamento dos postos da BR Distribuidora.

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