Perigo mapeado

Capital paulista tem 407 pontos de risco de deslizamentos, segundo IPT

Capital paulista tem 407 pontos de risco de deslizamentos

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O risco de deslizamento de terra, principalmente em áreas irregulares da capital paulista, é mais comum de ocorrer em período de chuvas. Para evitar tragédias, mapeamentos ajudam a localizar as áreas mais carentes de infraestrutura emergencial.

Segundo estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), à pedido da prefeitura municipal, a cidade de São Paulo possui 407 áreas de risco sujeitas à deslizamentos e erosões.

A zona sul lidera com 176 áreas, em seguida aparece a zona norte com 107 pontos, depois a zona leste com 100 áreas e, por fim, a oeste com 24 pontos.

O município de São Paulo conta hoje com quase 11 milhões de habitantes, dos quais quase dois milhões vivem em cerca de 1.600 favelas.

Entre as bairros, o estudo destaca: Jabaquara, Campo Limpo, Pirituba, Freguesia do Ó, Jaguaré, Ermelino Matarazzo, São Miguel Paulista e Guaianazes.

O zoneamento de risco executado permitiu a identificação de 1.179 setores de risco. Os resultados obtidos permitem à administração municipal elaborar um plano estratégico de intervenções para redução e controle dos riscos mapeados.

Do total, 57% correspondem a encostas, enquanto os demais 43% correspondem a margens de córregos ocupadas.

Dentre as principais ações em andamento estão o Programa de Urbanização de Favelas e Mananciais que incluem obras de infraestrutura e saneamento, bem como a transferência de famílias para novas moradias, além de contribuírem para a preservação das águas das principais represas que abastecem a cidade. O desassoreamento de córregos e a implantação de obras de pequeno a médio porte, também vem sendo realizados como parte do Programa de Intervenções em Áreas de Risco, assim como a manutenção das ações de zeladoria para evitar o agravamento de situações de perigo potencial.

Na Rua Almirante Marques de Leão, nas proximidades da Rua Veloso Guerra, na Bela Vista, no centro da cidade, após uma forte chuva, um muro de arrimo desabou. Como ninguém passava pelo local na hora da queda, ninguém ficou ferido. “Tinha uma varanda, mas ela desabou antes. E com a chuva agora caiu mais uma parte do muro. Dá receio só de olhar a estrutura. Dá medo”, relatou Márcia Nishimura, que mora na região.

Na zona norte, uma árvore de médio porte que estava em cima de um morro de terra na Avenida Elísio Teixeira Leite, na altura do número 1.200, no bairro Sítio Morro Grande, foi removida por causa do risco de desmoronamento. (AE)

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